Sobradinho no Norte da Bahia foi a penúltima cidade da Bahia a receber a Tocha Olímpica, no inicio da tarde de quinta-feira, 26, depois que o Comitê Olímpico passou pela cidade de Juazeiro. Na cidade que possuiu o maior lago artificial do mundo, os condutores da Tocha viram um povo vibrante e a forte cultura sertaneja, quando se organizou desde ás margens da rodovia até o centro da cidade para receber o simbolo maior dos Jogos Olímpicos, sendo que este ano, no inicio de agosto acontece no Rio de Janeiro.
A cidade se preparou para receber a tocha, com a realização da Feira da Caatinga, apresentação de Grupos Culturais, exposição de artesanato e comidas típicas.
A paraibana Severina dos Santos, 86 anos, encontrou fôlego para conduzir a Tocha. Segundo ela, chegou na cidade em 1985 para trabalhar na Barragem de Itaparica e permanece até hoje. A aposentada é considerada a pessoa mais velha de Sobradinho.
A professora de Português e Geografia do ensino médio Nertemar de Aquino Lopes, disse que a cidade precisava dessa aparição nacionalmente, pois “somos da terra da barragem, uma cidade pequena com apenas 23 mil habitantes e precisávamos que o mundo inteiro conhecesse também nosso povo e nossa cultura”, afirmou.
Populares aproveitaram para demonstrar por meio de panfletos e faixas revolta contra a administração do prefeito Luiz Vicente Berti (PSD) e o presidente em exercício Michel Temer (PMDB).
Os manifestantes reclamaram da falta de estrutura na cidade, ausência de obras importantes e especialmente do resultado do Reda – Regime Especial de Direito Administrativo, que foi anulado pela justiça, contudo, até hoje o povo não teve seu dinheiro de volta.
Ao deixar Sobradinho a Tocha seguiu para Petrolina, onde pernoitou e na manhã desta sexta-feira, 27, passou por Paulo Afonso, última cidade da Bahia a receber a Tocha que continua a percorrer o Brasil até dia 05 de agosto.
Redação CN/ fotos: Teones Araújo