Duas paróquias da Diocese de Serrinha, Quijingue e Barrocas, localizadas no território do sisal, encerraram nesta sexta-feira (24), os festejos em louvor a São João Batista, padroeiro destes municípios. O bispo da Diocese, Dom Otorrino Assolari, abriu os festejos na cidade de Quijingue no dia 15 de junho e encerrou as festas em louvor a São João em Barrocas, com a celebração da missa festiva às 9 horas e logo após aconteceu a procissão.
No fim da tarde, uma multidão lotou a igreja Matriz da cidade de Quijingue para assistir a celebração da missa pelo padre Enivaldo Barbosa, que está há dois anos e quatro meses na paróquia. O padre lembrou que existem na jurisdição da paróquia 43 comunidades em um município com 30 mil habitantes e “este ano meditamos com o tema: com São João Batista queremos viver a misericórdia de Deus, e durante os nove dias estivemos igreja lotada e a cada noite um padre, dentre eles o bispo Dom Itamar Vian, que esteve presente dia 18, fez a celebração e reflexão com subtemas tratando do espiritual e social”, contou padre Enivaldo.
Na área externa, todas as noites, foram realizadas atividades culturais e venda de comidas típicas.
História de São João – Segundo a narração do Evangelho de Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos, como o “precursor” do prometido Messias, Jesus Cristo. A importância do seu nome João advém do seu significado que é “Deus é propício” e apelidaram-no “Baptista” pelo facto de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3) . Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.
São João, o santo popular – As festas juninas se espalham pelas casas, escolas, clubes e empresas, enfeitando praças, locais de trabalho e salas de aulas com as coloridas bandeirinhas e seu formato inconfundível,. As mesas se enchem de fartura com sabor da roça através dos pratos típicos da época, como bolo de fubá, pipoca, cuscuz, pé-de-moleque e o famoso quentão.
Essa festa popular chegou ao Brasil com a aristocracia portuguesa, e foi usada pela Igreja para disseminar suas crenças religiosas. Ganhou características próprias por conta da influência da cultura indígena e africana, transformando-se em manifestação popular, sobretudo na região Nordeste do Brasil, onde o sentido da festa e da celebração aos santos tem uma importância quase vital para a população.