Um bebê morreu ao nascer e cair no chão nesta quinta-feira (9), em um Posto de Saúde da Família do Limoeiro, em Feira de Santana. De acordo com o marido da gestante, Silvio de Sena, 42 anos, a mulher estava no oitavo mês de gestação e teve o parto enquanto esperava uma ambulância do Samu para ser encaminhada à uma unidade de saúde especializada.
“Ontem estive três vezes em hospitais e ela não foi atendida. Viemos no posto onde ela era acompanhada para pedir orientação à médica, porque ela estava sentindo muita dor. Minha esposa não aguentava ficar deitada. Ela sentou em uma cadeira e, logo depois, quando ela levantou, começou a gritar que o bebê estava nascendo. Ele caiu e bateu a cabeça no chão”, disse o eletricista em entrevista ao G1.
De acordo com o pai da criança, o bebê morreu cerca de 20 minutos depois de nascer. “Ainda tentaram reanimar ele [bebê], mas não teve jeito. Minha esposa viu tudo. Ela está muito abalada”, lamentou.
Silvio Sena contou que há mais de uma semana a mulher, a dona de casa Patrícia dos Santos Silva, 29 anos, sente muitas dores. Desde então, o casal esteve em unidades de saúde de Feira de Santana por várias vezes, mas ela não foi internada.
“Minha mulher teve excesso de líquido durante toda gravidez. Precisa fazer o parto cesáreo. Hoje a médica do posto de saúde [Limoeiro] que atendia ela solicitou uma ambulância para ela ir para o hospital ter um bebê, mas não deu tempo. O Samu foi chamado às 8h e só chegou 11h. O bebê nasceu umas 10h50. A médica [do posto] não teve culpa. Ela fez de tudo para ajudar”, disse.
Ainda conforme o pai da criança, a mulher foi levada, na noite de quinta-feira (8) para o Hospital da Mulher e para o Hospital Clériston Andrade, mas foi atendida e liberada. Após o parto, Patrícia foi encaminhada de volta para o Clériston Andrade. Até as 17h desta quinta-feira, ela permanecia internada na unidade. Segundo o marido, ela está assustada com o ocorrido, mas tem a saúde estável.
A diretoria do Hospital Clériston Andrade informou que a gestante foi atendida na unidade às 18h57 de quarta-feira, e liberada após ser constatado que ela não estava em trabalho de parto.
A diretoria do Hospital da Mulher informou que Patrícia deu entrada na unidade às 21h57, onde foi avaliada por uma equipe médica que constatou que a paciente apresentava perda de líquido, mas não estava em trabalho de parto. Conforme a diretoria, Patrícia foi liberada e orientada a procurar atendimento em uma unidade de alta complexidade por conta da perda de líquido.
As informações são do G1 Bahia