O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta-feira (1º) que o preço dos combustíveis no Brasil seguirá critério “profissional” antes de sofrer reajuste. Empossado pelo presidente interino Michel Temer como novo presidente da petroleira estatal, Parente disse que “a decisão de preço é de natureza empresarial”.
— O governo não vai interferir na gestão profissional que ele quer que a Petrobras tenha. Essa foi a orientação do senhor presidente da República quando ele me convidou [para o cargo de presidente da Petrobras].
Em seguida, Parente enfatizou que a influência política na Petrobras “já acabou”. O novo presidente da petroleira disse ainda que a companhia vai vender ativos para evitar repasses do Tesouro Nacional.
A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,246 bilhão no primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O endividamento bruto da empresa (em reais) é de R$ 450 bilhões. Parente disse que recentemente a emissão de títulos da Petrobras teve demanda muito acima da oferta.
— Vocês conhecem a situação do Tesouro Nacional. Existe um déficit [previsto para as contas públicas] da ordem de R$ 170 bilhões. Como é que a empresa poderia pensar em contar com o Tesouro em uma situação como essa? Portanto, temos que ter realismo. Resolver essa situação passa sim pela venda de ativos.
Parente disse ainda que a Petrobras vai contribuir para reverter o atual cenário “difícil” com queda da economia.
— É um cenário difícil com o PIB [Produto Interno Bruto] negativo, mas é exatamente a força da empresa e o fato de que ela foi e vai voltar a ser o motor do nosso desenvolvimento, que vamos trabalhar e vamos contribuir para reverter esse PIB negativo.
R7.com