Sob forte comoção, o corpo de Edivaldo Silva de Oliveira, conhecido como Nino, encontrado carbonizado dentro do porta-malas de um carro incendiado às margens da BA-120, em Santaluz, foi enterrado na tarde desta terça-feira (14), no cemitério municipal da cidade. Centenas de familiares e amigos tiveram aproximadamente duas horas para se despedirem do professor. O que se via na saída do cortejo era muita emoção. Debaixo de chuva, alguns choravam, outros gritavam o nome do professor. As homenagens eram vistas nos mais singelos gestos, seja na lágrima de emoção dos amigos e alunos de Nino, ou nos cartazes e flores distribuídos entre professores da rede pública municipal de ensino.
A professora Maria José, que é diretora da Escola Municipal do Mucambinho, afirmou que Nino cumpriu o papel dele mesmo tendo partido ainda cedo e de maneira tão trágica. “A dedicação dele à educação, o coração generoso e a personalidade ímpar fez de Nino um ser humano maravilhoso. A lembrança que eu tenho dele hoje é essa. É difícil acreditar que alguém tão especial como ele, cheio de sonhos e planos tenha sido vítima de uma barbaridade dessas”, disse a professora com os olhos marejados.
Durante o enterro, familiares e amigos exigiram justiça. “Dói muito ver uma pessoa tão jovem quanto Nino partir tão cedo, ainda mais pela maneira como aconteceu essa tragédia. Ser humano nenhum merece passar por isso, principalmente ele, que tinha muita coisa pela frente”, lamenta o aposentado Francisco Silva.
A expectativa agora é para identificação de outro professor, o Jeovan que é tido como certo que o outro corpo carbonizado seja o dele, pois foram vistos saindo juntos da escola na sexta-feira a noite e ninguém mais teve contato após o incêndio do carro.
Informações e foto: Noticias de Santaluz