O suspeito de matar a professora Ienata Pedreira Rios, de 35 anos, em Riachão do Jacuípe, no dia 3 de julho, Cássio Fabrício Carneiro, ex-noivo da vítima, continua preso temporariamente na delegacia de Teofilândia. Segundo o delegado que investiga o caso, Sérgio de Araújo Vasconcelos, o acusado pode ter tentado obstruir as investigações da polícia.
De acordo com o delegado, Cássio não forneceu o endereço da residência onde teria passado a noite e onde reside com os pais, e por isso a polícia não pôde cumprir o mandado de busca e apreensão na casa do acusado.
“Os policiais se deslocaram para o endereço que ele forneceu, mas ao chegarem ao local descobriram que era uma residência onde ele estava fazendo uma reforma. Não foi o endereço onde ele passou a noite e onde ele reside com os pais. Foi informado à juíza e aguardamos a decisão judicial para irmos ao endereço certo”, informou o delegado.
Ainda segundo Sérgio de Araújo, mais testemunhas serão ouvidas esta semana, como parte das investigações. Além disso, de acordo com ele, a polícia ainda aguarda o resultado dos laudos periciais que podem comprovar a participação do acusado no crime.
O crime
Ienata Pedreira Rios foi morta a facadas dentro da casa onde morava, em Riachão do Jacuípe. No dia do crime, o filho adolescente da professora não estava em casa. O principal suspeito do crime e ex-noivo da vítima foi preso três dias depois do assassinato.
O delegado Sérgio de Araújo relatou que quando a polícia chegou ao local do crime percebeu que o assassinato foi praticado por uma pessoa íntima da professora. “A vítima tinha preparado um café da manhã, colocado a mesa, com pratos e talheres para duas pessoas, tinha feito cuscuz, e quando nós tomamos depoimento da empregada que trabalhava para a professora, ela informou que sempre que ele (o noivo) ia lá, a vítima preparava o cuscuz que ele gostava”, detalhou.
Sérgio Vasconcelos informou ainda que existem outros indícios que indicam que Cássio Fabrício foi o autor do assassinato, como as pegadas deixadas no local pelo autor que, segundo o delegado, coincidem com as características dos pés do noivo de Ienata.
O suspeito e a professora namoravam há cerca de três anos. Cássio é morador de Dias D’Ávila e disse à polícia que no dia do crime ele não estava em Riachão do Jacuípe. “Ele está sendo interrogado agora à tarde e a partir daí a polícia vai aguardar os resultados dos laudos periciais. Ele ficará custodiado na delegacia territorial de Teofilândia”, afirmou o delegado.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.