Após operação do Palácio do Planalto, os partidos da antiga oposição ao PT – PSDB, DEM e PSB – concordaram em deixar a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para depois do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. À noite, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a parlamentares que a sessão deve ocorrer entre 12 e 16 de setembro.
O governo do presidente interino Michel Temer atuou para adiar a cassação de Cunha, porque receia que o peemedebista possa atrapalhar o impeachment caso perca o mandato antes. O temor do Planalto é de que Cunha saia “atirando” contra membros do governo, o que pode “tumultuar” a votação final do impeachment, prevista para começar no fim do mês.
A tese de adiamento já era defendida pelo Centrão – grupo de partidos governistas liderado por PP, PSD e PTB -, mas esbarrava no PSDB. O discurso único da base foi acertado, na manhã de ontem, entre Maia e líderes do Centrão e da antiga oposição.
Correio