Um programa que vai aliar educação com a construção de cidadãos conscientes no trânsito desde a adolescência. Essa é a proposta do projeto “Trânsito Cidadão – Consciência e Educação”, lançado na manhã desta terça-feira (23) pelo Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran). A ideia é inserir temas como legislação de tráfego e outros assuntos nas escolas da rede pública, tanto na capital quanto no interior. Até o final do ano, mais de 40 mil estudantes de 200 escolas vão receber cursos de equipes multidisciplinares, que também vão qualificar professores e membros da comunidade como multiplicadores desses conhecimentos.
Participarão desse projeto os estudantes do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, e também do Ensino Médio, nos 34 municípios que possuem Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). O objetivo é criar uma conscientização para o trânsito, levando às crianças, adolescentes e jovens conceitos da prática cidadã, o respeito, a prevenção de acidentes e a preservação da vida. Isso tudo através de vídeos, palestras, seminários, apresentações teatrais, atividades lúdicas, materiais didáticos, passados por equipes que incluem psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, coordenadores de campo, gestores de projetos e outras qualificações.
Para o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes, criar uma política de educação para o trânsito na juventude traz benefícios que vão muito além de um tráfego tranquilo e seguro. “Precisamos levar essa consciência para os alunos. Todos os anos registramos milhares de vítimas e de pessoas que ficam com sequelas por conta de acidentes de trânsito. Até a metade dos leitos dos hospitais são ocupados por essas vítimas. Não precisaríamos de mais vagas se mudássemos esse quadro. Precisamos reverter essas estatísticas perversas e entender que criar cidadãos conscientes é também uma questão de saúde pública”, destacou o diretor-geral.
Depois de passar pelo processo de licitação, a execução do projeto fica sob responsabilidade da Fundação Instituto Miguel Calmon de Estudos Sociais e Econômicos (IMIC), que vai levar a ação para além dos 40 mil estudantes. “Esse é um dos pontos-chave, porque não podemos fazer um projeto que visa mudar os padrões de comportamento de uma sociedade sem envolver a comunidade. Nós temos programações, inclusive, nas quais os próprios pais dos alunos participarão desse processo, e essa é a maneira de revolucionar. Começar cedo, com o envolvimento de todos. Estamos muito confiantes e honrados em fazer parte dessa iniciativa”, explicou o presidente do IMIC, João Quadros.
O projeto chegará às primeiras escolas ainda nesta semana. Nesta terça já está sendo realizado um workshop para todos os coordenadores de Ciretrans e servidores do departamento que estarão envolvidos nas atividades do programa.