Neste dia 18 de setembro, vamos comemorar 183 anos de Emancipação Política de Feira de Santana. Não se pode comemorar a história da cidade sem recordar que ela nasceu em torno de uma capela dedicada a Sant’Ana e que acolheu e acolhe milhares de migrantes.
Lembramos, por isso, com gratidão, os agricultores, os vaqueiros, os pequenos proprietários, os feirantes e pedimos que sejam considerados os primeiros irmãos nesta terra. Merecem, também, lembrança especial as famílias que vieram de todos os recantos do estado, do país e também de outros continentes. Aqui chegaram por causa do clima e das possibilidades de trabalho, respeitando as variadas expressões de vida e cultura.
Vir para Feira de Santana, construir nela vida nova através de um trabalho digno e bem remunerado, sempre foi o sonho, e continua sendo, de milhares de pessoas. Os migrantes chegam, trazendo na bagagem, além de sonhos, o sotaque, a cultura, as múltiplas visões do mundo. Foi assim que Feira de Santana, em poucos anos, tornou-se uma das maiores cidade do Brasil.
Mesmo com tantos problemas e desafios, amo minha cidade. Gosto de Feira de Santana. Ando pelas ruas e digo para mim mesmo: amo as pessoas que estão nestas casas. Feira é meu lar. É minha casa. É minha família. É nela que me relaciono. É nela que encontro amigos. Tenho certeza que somente quando se ama alguma coisa é que se passa a dar a vida por ela. Detestar sua cidade é detestar-se a si mesmo.
Parabéns Feira de Santana, por mais um ano de existência! Parabéns a todos os que aqui vivemos e a amamos porque nela nascemos ou porque a ela viemos em busca de esperança e de vida mais digna. Por isso, sou responsável pela minha cidade. A beleza da cidade depende de mim. Da praça que cuido. Quero que nela todos se sintam bem e bendigam a vida, porque nela há um lugar para viver. Agradeço a Deus pela cidade de Feira de Santana.
Deus abençoe, portanto, essa cidade, que se tornou grande no tamanho, na população, nos problemas e desafios. Deus abençoe a Princesa do Sertão, cidade onde convivem uma riqueza oferecida a muitos de seus filhos e também uma pobreza que se visualiza em sua periferia. Deus abençoe esta cidade marcada por uma solidariedade que comove. Que Senhora Sant’Ana, nossa padroeira, interceda junto a Deus por nós!
+ Itamar Vian
Arcebispo Emérito