Depois do desabamento de parte do prédio do Centro de Convenções da Bahia, na sexta-feira (23), em Salvador, a decisão do Governo do Estado é que o local será demolido. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (27).
De acordo com o anúncio feito por Bruno Dauster, chefe da Casa Civil do Estado da Bahia, tecnicamente, a estrutura equipamento será desmontada, pois foi feita com estruturas metálicas e placas de concreto.
“Nós temos o desejo de, tão logo a gente tenha condições de ter esse plano emergencial pronto, nós iniciarmos o trabalho de desmonte. Primeiro, do que é emergencial, que são esses painéis de vidro, essas esquadrias, que estão sustentadas apenas parcialmente e que têm que ser retiradas porque elas podem cair sobre alguém. Depois, as vigas e tudo o que está aí dentro como escombro. Num segundo momento, vamos fazer uma licitação para fazer o desmonte da estrutura que tem em cima, apoiada nas torres, e que as lajes não têm nenhum risco de colapso nesse momento”, detalhou Dauster. Ainda de acordo com o chefe da Casa Civil, ainda não há prazos, nem cronogramas definidos para as etapas citadas.
De acordo com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), peritos do órgão estiveram no Centro de Convenções na manhã desta terça-feira, onde foi feita uma avaliação técnica. No local, identificaram que o espaço ainda não apresentava a segurança necessária para o início das atividades de perícia, que devem revelar as causas do desabamento.
A vistoria também contou com a presença do Corpo de Bombeiros e do engenheiro Carlos Strauss, que projetou o Centro de Convenções. A vistoria teve que ser feita três dias depois do desabamento para garantia da segurança das pessoas.
Feridos
Com o desabamento, dois policiais do Batalhão de Policiamento Turístico ficaram levemente feridos. Uma policial chegou a passar mal, mas não sofreu ferimentos.
O subcomandante do batalhão, Jaime Freitas, informou que os PMs foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levados para o Hospital da Bahia. Eles já receberam alta e passam bem. No momento do acidente, só havia os três policiais no batalhão.
O Centro de Convenções estava interditado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) e passava para obras de recuperação desde o ano passado. Com custo previsto de R$ 5,3 milhões, a empresa Metro Engenharia e Consultoria Limitada executava as obras. Antes do desabamento, a previsão era de que as obras ficassem prontas para a realização do Congresso Internacional de Odontologia da Bahia (Cioba), em novembro.
De acordo com a Superintendência de Trânsito (Transalvador), a faixa da direita da Rua Simon Bolivar, em frente ao Centro de Convenções, está interditada desde a madrugada deste sábado.
O final de linha dos ônibus que era feito também em frente ao Centro de Convenções foi para a saída da Octávio Mangabeira, a orla. A interdição não tem previsão de terminar.
Susto
Um morador ouvido pelo G1 relatou ter ouvido um grande estrondo. “Foi um estrondo enorme e depois subiu muita poeira”, disse o morador Roberto Leal Neto.
O administrador de empresas Cláudio Portinoi, que também é morador da região, relatou que o barulho assustou os moradores da região. “Foi um barulho ensurdecedor, parecia terremoto. Um susto muito grande”, destacou.
Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e do Salvar foram encaminhados para o local.
O Centro de Convenções foi interditado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) no dia 20 de maio de 2015, após a constatação da falta de projeto e equipamentos de incêndio e pânico, como também de manutenção predial.
G1.com