Os bancários decidiram nesta terça-feira (13) manter a greve iniciada na semana passada, informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A decisão foi anunciada após reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em São Paulo. Segundo a Contraf, a Fenaban não apresentou nova proposta, e uma nova rodada de negociação foi marcada para quinta-feira (15), em São Paulo.
De acordo com o último balanço divulgado pelo comando dos grevistas, 11.531 agências e 48 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas nesta segunda-feira (12). Segundo o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas.
A greve teve início na terça-feira passada (6). Na sexta-feira (9), os bancários decidiram manter a greve iniciada no dia 6, rejeitando a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%.
A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
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Veja a situação da paralisação por estados:
Acre
Após os sete dias de paralisação, a adesão atingiu no estado ao menos 89% das agências, segundo balanço do Sindicato dos bancários do Estado do Acre (Seeb-AC).
Alagoas
Segundo o Sindicato dos Bancários, em Maceió, todas as 88 agências estão fechadas. O sindicato não soube precisar o número exato de agências que estão sem funcionar no interior, mas garante que das 155 agências, 80% aderiram à greve.
Amapá
28 agências, das 42 existentes no estado, tiveram as atividades paralisadas, informou o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintraf) no Amapá. Cerca de 650 trabalhadores aderiram à greve, correspondendo a cerca de 70% da categoria. Ao menos 30% do efetivo continua desempenhando as atividades nas instituições financeiras, segundo o Sintraf.
Amazonas
A greve dos bancários chega à segunda semana com adesão de 69% das agências de Manaus. No interior do Amazonas, 35 de 104 estabelecimentos estão de portas fechadas (34%). Quase 2.100 bancários cruzaram os braços no estado em greve por tempo indeterminado.
Bahia
De acordo com o sindicato da categoria, são 257 unidades paradas em Salvador e 616 nas cidades do interior. Por causa da paralisação, o movimento em lotéricas e agências dos Correios aumentou.
Ceará
A greve dos bancários no Ceará registra adesão de 327 das 560 agências no estado, segundo levantamento do Sindicato dos Bancários. Esse número representa 58% do total. Das agências afetadas, 165 estão na capital cearense e 162 estão no interior.
Distrito Federal
A greve dos bancários no Distrito Federal provocou o fechamento de cerca de 70% das agências da capital, segundo o sindicato da categoria. A federação dos bancos (Fenaban) informou não fazer balanço de agências fechadas por cidade. O DF tem cerca de 750 agências bancárias.
Espírito Santo
A greve dos bancários do Espírito Santo chegou ao 8º dia nesta terça-feira (13) e a última informação do Sindicato dos Bancários do estado (Sindibancários-ES) é de que 326 agências estão fechadas. O número representa 65% do total.
Goiás
A população reclama de transtornos em Goiás. Segundo presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, Sérgio Luiz da Costa, a adesão das agências bancárias da rede privada chega a mais de 75% no estado. “Desde o início da paralisação o movimento ganhou força e ainda continua nesse sentido. Já em bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, por exemplo, a adesão é de quase 100%”, garantiu.
Maranhão
Uma semana após o início da greve nacional dos bancários, a população já sente as dificuldades da paralisação dos serviços nas agências bancárias de São Luís.
Mato Grosso
A greve dos bancários fechou as portas de 219 agências bancárias em 84 municípios do estado, segundo o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT).
Mato Grosso do Sul
Das 120 agências bancárias de Campo Grande, 89 estão fechadas em razão da greve dos bancários, segundo levantamento do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande e Região (Seebcg-MS).
Na área de abrangência da entidade, que engloba ainda outros 27 municípios das regiões central, oeste, norte e sudoeste do estado, e onde existem 160 agências, pelo menos 110 estão com o atendimento paralisado, indica a instituição.
Minas Gerais
A greve dos bancários, que já atinge 62 agências em 36 municípios do Norte de Minas Gerais, segundo o levantamento feito pelo sindicato da categoria nessa terça-feira (13), impactou diretamente no número de atendimentos feitos em casas lotéricas e Correios. Sem a possibilidade de atendimento nas agências, os clientes procuram por esses estabelecimentos para realizar operações financeiras.
A paralisação nos bancos atinge 64,12% das cidades atendidas pelos sindicatos regionais no Sul de Minas nesta terça-feira (13). Segundo dados das bases sindicais de Poços de Caldas (MG), Pouso Alegre (MG) e Varginha (MG), 84 dos 131 municípios estão com funcionários de agências públicas e privadas em greve.
A greve dos bancários atinge 65% das agências em Belo Horizonte e outras 54 cidades de Minas Gerais, de acordo com a representação dos trabalhadores nas localidades. Segundo último balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região, 493 das 753 agências estavam fechadas até a segunda-feira (12).
A greve dos bancários atinge 45 cidades no Leste de Minas Gerais, segundo informações divulgadas pelo sindicato da categoria. Em Governador Valadares, maior cidade da região, o serviço está paralisado em 20 agências desde o último dia 8, quando os bancários aderiram à greve nacional.
No Vale do Aço, o sindicato informou que a greve afeta 13 cidades, e 50 agências aderiram ao movimento; ainda não há previsão para término.
Até o momento, de acordo com o último balanço divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf), 41 agências estão paralisadas em Juiz de Fora, sendo 20 bancos privados e 21 bancos públicos. Ao todo, são 57 agências sem funcionamento nessas regiões.
Pará
A greve dos bancários chega ao oitavo dia nesta terça-feira (13) com mais de 350 agências bancárias públicas e privadas paralisadas em Belém e demais municípios do Pará, de acordo com balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários do Pará.
Paraíba
Após os sete dias de paralisação, a adesão ao movimento atingiu pelo menos 89% das agência paraibanas, de acordo com balanço do comando dos grevistas.
Paraná
A greve dos bancários no Paraná, que começou no dia 6 setembro, completa uma semana nesta terça-feira (13). A paralisação não prejudicou o atendimento nos caixas eletrônicos das agências bancárias, mas aumentou o atendimento nas casas lotéricas em até 40%, segundo o Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná (Sinlopar). Com isso, as filas são inevitáveis.
Pernambuco
A greve dos bancários já paralisou 90% das agências de Pernambuco, segundo o sindicato da categoria.
Piauí
Fiscais do Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) percorreram algumas agências bancárias no Centro de Teresina na manhã desta terça-feira após receber uma série de denúncias de clientes. Com a greve dos bancários, o público denunciou a falta de envelopes para depósito e dinheiro nos terminais eletrônicos.
Odaly Medeiros, vice-presidente do Sindicatos do Bancários do Piauí, diz que o percentual de 30% de funcionários em atividade está sendo cumprido.
Rio de Janeiro
O sindicato informa que até sexta-feira (9), 323 agências estavam paradas, no Rio, e seis prédios administrativos estavam com atividades suspensas. Do início da paralisação até sexta tinha sido registrado um aumento de 15% de adesão em todo o país.
Rio Grande do Norte
De acordo com Gilberto Monteiro, coordenador geral do sindicato dos bancários do estado, cerca de 70% dos bancários aderiram à paralisação. Para evitar maiores trastornos aos clientes por causa da greve, o Procon e o sindicato chegaram a um acordo. Em todas as agências que mantém algum funcionamento, pelo menos um funcionário está sendo mantido no auto-atendimento, para auxiliar nos serviços básicos.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, o balanço indica que 862 agências foram fechadas, conforme o Sindicato dos Bancários (SindiBancários). A negociação em São Paulo é acompanhada pelo secretário-geral do SindiBancários do Rio Grande do Sul, Luciano Fetzner, que afirma que a mobilização deve continuar “até que os banqueiros ofereçam uma proposta decente”, disse em comunicado divulgado pela categoria.
Rondônia
De acordo com o presidente do Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (Seeb-RO), José Pinheiro, 86% dos bancários aderiram ao movimento e 106 agências seguem fechadas da 130 espalhadas pelo estado.
Roraima
A greve dos bancários atinge 44 agências fechadas em Roraima, o equivalente a mais de 95% do total de bancos no estado, segundo informações do Sindicato dos Bancários. Usuários lotam casas lotéricas como alternativa para o serviço. A paralisação, aderida no dia 8, atinge bancos públicos e privados em todos os 15 municípios do estado.
Santa Catarina
Das 150 agências da Grande Florianópolis, 104 estão fechadas, o que tem aumentado as filas diante de caixas eletrônicos e lotéricas. De acordo com o secretário de comunicação do sindicato em Florianópolis, Luiz Toniolo, os grevistas têm percorrido agências para conversar com clientes e comunicar reivindicações, além de orientar sobre unidades bancárias em funcionamento.
São Paulo
No Vale do Paraíba e região bragantina, a greve dos bancários afeta o funcionamento de 376 agências. Segundo o sindicato, até esta segunda-feira (12) a adesão era de 100% na regional de Taubaté, que conta com 86 agências e 1,2 mil bancários. Já em São José dos Campos, as 184 agências aderiram ao movimento; na regional de Bragança Paulista 53 das 54 agências suspenderam as atividades. Já na regional de Guaratinguetá, 53 das 61 agências estão fechadas e 654 bancários suspenderam as atividades.
Moradores do noroeste paulista têm sofrido com os reflexos da greve. Em Pereira Barreto (SP), 60% das agências estão fechadas. Já em Andradina (SP) a adesão à greve foi de 100%. Em Ilha Solteira (SP), 89% das agências estão sem funcionar. Das 120 agências bancárias na região de Araçatuba (SP), 85 estão em greve e dos 1,2 mil funcionários, 950 estão parados.
Em São José do Rio Preto (SP) e região, das 150 agências, 109 aderiam à paralisação. Uma média de três mil funcionários estão parados. Apenas os caixas eletrônicos funcionam.
Segundo Ricardo Saraiva, secretário geral do sindicato dos bancários de Santos e região, 90% das agências estão fechadas em Santos e 70% nas outras cidades da região. São cerca de 4.200 trabalhadores na Baixada Santista.
Segundo o balanço mais atualizado do sindicato responsável pelos bancos da região de Sorocaba, 178 agências aderiram à greve até o momento. No total, há 292. A regional do sindicato dos bancários responde por 40 cidades, ao todo, são 320 agências e postos bancários. Na região de Jundiaí, 70% dos bancos estão fechados.
Em Itapetininga (SP), de acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e região, Marcelo Teles, 12 agências e postos de atendimentos seguem fechados no município.
Em Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Salesópolis e Biritiba Mirim, 67 agências estão fechadas, segundo o Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e região.
De acordo com a diretora de imprensa da entidade, Regina Cardoso de Siqueira, todas as agências estão fechadas em Mogi, Poá e Suzano. Já em Biritiba Mirim e Salesópolis somente os bancos públicos estão em greve.
Sergipe
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários em Sergipe, Ivânia Pereira, a paralisação cresce no Estado e atinge 174 agências. “Todas as agências bancárias aderiram à greve. Avaliamos o movimento como positivo”, afirma Ivânia.
Tocantins
No Tocantins, 137 agências bancárias foram fechadas em todo o estado. Este número representa 86,7% do total de agências, que é de 158. Os profissionais cobram reajuste salarial de 14,78%, melhores condições de trabalho, mais saúde e segurança.
“Tivemos hoje a adesão dos financiários à greve e, em alguns estados, dos cooperários (trabalhadores em Cooperativas de Crédito)”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.
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