A Polícia Civil de Feira de Santana já identificou a suspeita do homicídio do guarda municipal de São Gonçalo dos Campos, Otávio Galvão Andrade Neto, de 36 anos que aconteceu na madrugada da última sexta-feira (21). Ele foi morto com cerca de 40 facadas em uma residência, na cidade de Feira de Santana.
O delegado Gustavo Coutinho, da Delegacia de Homicídios (DH), disse que a a cabeleireira Keliane Silva Lopes, de 21 anos, se apresentou na delegacia espontaneamente na última segunda-feira (25) na companhia do seu advogado, confessou e deu detalhes sobre o crime. A acusada e o guarda municipal namoraram por aproximadamente dois anos e meio e o relacionamento, segundo ela, foi marcado por ameaças e humilhações.
“Ela contou que agiu sozinha e a motivação do crime foi por conta de três vídeos íntimos dela que ele havia gravado anteriormente sem o seu consentimento. Ele prometeu entregar os vídeos caso ela voltasse a namorar com ele”, afirmou.
De acordo com o delegado, Keliane relatou que no dia do crime ela foi até a casa de Otávio na companhia de uma amiga, ingeriram bebida alcoólica e durante a noite ela resolveu praticar o crime.
“Ela disse que não estava premeditado e que o interesse era pegar o celular e destruir o vídeo. A amiga estava ajudando inclusive para isso. Pegar o celular em um descuido da vítima”, acrescentou.
A acusada falou que decidiu matá-lo depois que procurou o celular por toda a casa e não o encontrou.
“Depois que ele dormiu, ela procurou o aparelho por toda a casa e não encontrou. Ela informou que isso só fez aumentar ainda mais a raiva que estava sentindo da vítima. Keliane então desceu, se apossou de uma faca tipo peixeira e uma garrafa de álcool. Com um pano com álcool tentou sufocá-lo ao mesmo tempo em que efetuava os golpes de faca”, disse Gustavo Coutinho.
A acusada contou ainda que após os primeiros golpes de faca a vítima tentou se defender. Depois que Otávio caiu no chão ela então aplicou cerca de 30 golpes em suas costas até que ele desmaiasse e viesse a desfalecer.
“A vítima tentou se defender e pediu socorro. Ela então amarrou uma corda em sua boca e cortou o seu pescoço para ter certeza que realmente estava morto”, relatou o delegado.
Após o crime, Keliane deixou a residência de Otávio em um veículo gol branco na companhia da amiga e de um homem que seria companheiro da amiga. Ela foi dormir em um motel até o dia seguinte. Segundo Gustavo Coutinho a polícia vai ouvir outras testemunhas, parentes da vítima e aguardar a decisão da justiça com relação a decretação da prisão preventiva de Keliane.
Sobre a pessoa de prenome Tamires, cujo nome teria sido ouvido por vizinhos, que relataram ter ouvido a vítima gritar: Não me mate Tamires, o delegado disse que a acusada afirmou não ter ouvido este nome. Os vizinhos podem ter entendido errado.
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