Essas pessoas, para muitos, podem ser esquartejadas, feitas em pedaços e descartadas, porque elas incomodam quem as concebeu. E não faltam profissionais da saúde e curiosos que se dispõem a esse processo de destruição. Há pais e mães que consideram essas pessoas, como intrusos que vêm tirar-lhes o sossego. Há mulheres que defendem a destruição dessas pessoas porque a intimidade com elas as incomoda. Há até senadores, deputados, governadores e outros políticos, que defendem a destruição dessas pessoas.
O leitor já deve saber quem são essas pessoas: são os nascituros. São aqueles seres humanos que estão no ventre materno. São aqueles milhões de seres humanos em formação no seio de suas mães, gerados com amor, sem amor às vezes, gerados em laboratórios pela insana técnica de manipulação da vida. Nascituro é aquele ser humano que se encontra no período de gestação, desde o momento de sua concepção até o nascimento.
Os nascituros, os concebidos, têm direito à vida. Tem direito de serem respeitados na sua integridade. Já possuem dignidade como a de qualquer outra pessoa. São seres frágeis, indefesos, porém, humanos como nós. Eles precisam de nossa proteção e amor. Gritam pela vida porque ela é o fundamento sobre o qual se apoiam todos os demais valores. É o grito dos inocentes.
Estamos na Semana da Vida, que precede – dia 8 de outubro, – o Dia do Nascituro. É hora de, a uma só voz, gritarmos pela dignidade da vida humana ameaçada pela mentalidade contraceptiva, pela legalização do aborto, pela manipulação das células-tronco dos embriões humanos. É um grave ataque à vida humana, dom de Deus e colocada sob nossa responsabilidade.
Jesus Cristo resumiu a sua existência nesta meta: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância (João 10,10). Quando Jesus fala sobre a “vida para todos” inclui também os nascituros, dotados de alma imortal, criados à Imagem e semelhança de Deus. Vamos defender e promover a vida. Ela é um presente de Deus.
+ Itamar Vian
Arcebispo Emérito