O Partido dos Trabalhadores (PT), no território do sisal, no que se refere à apresentação de candidaturas majoritária, reduziu em relação à eleição de 2012, segundo um dos articuladores petista regional, ex-presidente da legenda no município de Valente, José Silva. Seguindo a tendência nacional de redução, o número de candidatos a prefeito petistas na Bahia e consequentemente no território do sisal, mas Zé Silva garante que o PT não está enfraquecido, pois, faz parte de coligações com partidos da base em todos os municípios, com exceção de Ichu, onde a legenda não se posicionou.
O partido teve em 2012, 12 candidatos a prefeito, oito saíram vencedores e neste domingo (02), vai às urnas com cinco candidatos e esta realidade também é vista em nível de Bahia, quando 206 candidatos encabeçaram chapas majoritárias e neste ano o número caiu para 132, ou seja, cerca de 36% a menos. Zé Silva lembrou que em Serrinha, onde o PT depois de duas vitórias seguidas com Osni Cardoso indicou o candidato a vice-prefeito Paulo Bahia na chapa encabeçada por Claudionor Ferreira da Silva Filho (PR), mais conhecido com Dr. Ferreirinha e Teofilândia que vive a mesma realidade, ou seja, o atual vereador Robson (PT), compõe a chapa com Ivana Meury de Araújo Moura (PSD), candidata a prefeita. O atual prefeito Adriano Araújo optou por não concorrer a reeleição.
Para Zé Silva, o positivo é o crescimento das legendas de esquerda e em todas as coligações o PT se faz presente. A possibilidade de crescimento do PT no poder legislativo, anima Zé Silva e ele citou o Monte Santo, onde não tem representante e existe a possibilidade de eleger dois, mantém a mesma quantidade de vereadores em Itiúba e amplia em Queimadas, São Domingos e Conceição do Coité.
Sobre Santaluz, Zé Silva reconhece que a eleição está polarizada entre os grupos liderados pelos ex-prefeitos Joselito Junior (PSD) e Joelcio Martins (PMDB), mas vê o candidato petista Robson da Silva Sena crescendo e poderá vim em 2020 fortalecido e “no momento, queremos eleger dois vereadores”, falou. Sobre Araci, Zé Silva acredita que o PT consiga eleger a sindicalista Edneide Santana Pereira.
Em Quijingue, a gestão petista abriu mão de participar da chapa e está apoiando os comunistas Clemilton dos Santos Silva (Cancão), atual vice-prefeito eleito pelo PT e migrou para o PCdoB, por onde disputa o cargo de prefeito e tem Dilson Melo como candidato a vice-prefeito. Outra realidade parecida com Quijingue está em Itiúba, o prefeito petista Silvano Santos Carvalho (Banga) não concorre à reeleição e tendencia fazer oposição ao PCdoB, partido que amparou a ex-prefeita Cecilia Petrina de Carvalho quando deixou o PT, e domingo vai às urnas para tentar o seu terceiro mandato como chefe do executivo.
Os prefeitos Francisco de Assis Alves dos Santos (Assis – Conceição do Coité), Ismael Ferreira (Valente), Igor Moreira Nunes (Dr Igor – Tucano) e Dival Medeiros Pinheiro (Dival de Memel – Lamarão), vão disputar a reeleição. O bioquímico André Luiz Andrade está disputando a prefeitura de Queimadas mais uma vez, e tem como candidata a vice-prefeita a social democrata Barbara Janainna Batista de Oliveira, mais conhecida como Bárbara de Maurinho, que também disputou a eleição em 2012, ficando na terceira posição.
Ichu – O único partido do território do sisal onde o PT não entrou no processo eleitoral e cada filiado tomou seu rumo de forma pessoal. O atual secretário de Assistência Social, José Carlos, falou ao CN que optou por apoiar a reeleição de George Carneiro (PSC). O cargo que ocupa pertence ao partido e faz parte do acordo firmado em 2012, quando a legenda participou oficialmente da coligação onde estavam presente, além do PT, o PRB, PP, PDT, PSL, PSC, PR e PSB. José Carlos acredita que 80% da legenda vote com George Carneiro, inclusive o presidente do diretório municipal, Lucas Rondinelle.
Bahia
Segundo o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, a legenda está apresentando “aproximadamente 130 candidatos” a prefeito nas 417 cidades baianas, número “um pouco menor em comparação com 2012”, segundo o petista. Ao contrário das investidas de que o partido chega fraco às urnas, o dirigente afirma que a estratégia nestas eleições “é ter presença maciça (de candidatos) nas cidades que têm maior número de eleitores em todo o estado”.
O presidente do PT baiano admite “um pequeno enfraquecimento” nas regiões Sul e Sudeste do país, mas volta a minimizar os impactos do desgaste da legenda na Bahia, e destaca a “boa avaliação do governador Rui Costa” como ponto positivo para os candidatos às prefeituras. “Observe que com tudo o que está acontecendo aí, o ambiente na Bahia é bom para nosso partido. Veja que o presidente Lula chega a ter no Nordeste 72% das intenções de voto para 2018. E temos ainda a boa gestão do governador Rui Costa, o que sem dúvida vai ajudar os candidatos do PT e dos partidos aliados”.
Redação CN