O jogador de futebol profissional Wallace dos Reis Silva, que iniciou sua carreira na categoria de base do Esporte Clube Vitória, passando por todas as categorias sendo campeão em todas, se transferiu para o Corinthians onde fez parte do elenco que conquistou a Taça Libertadores da América e Campeão Mundial de Clubes, depois foi para o Flamengo onde também conquistou títulos como Taça Guanabara e Copa do Brasil. Este ano ele foi transferido para o futebol gaúcho e está jogando pelo Grêmio.
O atleta natural de Conceição do Coité pode se considerar como poucos a ter conquistado todos os títulos atuando pelas primeiras três equipes, Vitória (Baianão e Copa do Nordeste) Corinthians (Libertadores e Mundial de Clubes) e pelo Flamengo (Taça Guanabara e Copa do Brasil). Pelo seu novo clube está disputado a primeira competição, o Campeonato Brasileiro.
Wallace se destaca como um atleta amante da leitura, pois nas horas vagas não dispensa um bom livro, sua fama já é conhecida e chegou a fazer palestra na Academia Brasileira de Letras – ABL o que deixou o atleta ainda mais motivado para expandir a leitura.
A partir de hoje ele será mais um clunista do CN e o site o recebe com grande satisfação, pois segundo ele trará assuntos diversos, não só de sua área de atuação.
Veja abaixo uma breve apresentação do “craque de bola e de leitura”
Nasci em Conceição do Coité, no antigo Hospital Regional (atual Hospital Português), no dia 26 de dezembro de 1.987, em um sábado a noite. Dos meus vinte e oito anos de vida, somente sete foram vividos no coração do sertão baiano. Saí de casa aos onze anos, para um mundo novo e desconhecido, repleto de oportunidades, mas também, de grandes frustrações. Me tornei pai aos dezessete, repetindo o roteiro dos meus antecessores. ( não poderia quebrar a tradição da família Reis! ) Sou casado, pai de dois filhos lindos, viajo o mundo de norte a sul, e tenho o privilégio de trabalhar com o que amo. O que poderia me faltar? Talvez o que me falte é poder sentir o cheiro do cafe feito por dona Edna pontualmente às seis da manhã, ao som de Luiz Gonzaga com seu baião. Rememoro essa tradição velada, nada ensaiada, todas as vezes que retorno à minha terra. Descanso em casa, mas fui feito para o mundo. Quando chega a hora da partida, os pulmões não enchem-se apenas da ar, mas de orgulho por ter vindo do bairro Açudinho, um lugar com tão poucas oportunidades. Parafraseado Fernando Pessoa, “eu sei que não sou nada, e que talvez nunca tenha tudo. Aparte isso, eu tenho em mim todos os sonhos do mundo”.