Se você quer ser mais feliz, pode estar na hora de tirar umas férias do Facebook.
É o que sugere uma pesquisa realizada na Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
“A maioria das pessoas usa o Facebook diariamente, mas poucos estão conscientes das consequências. Esse estudo fornece provas causais de que o uso do Facebook afeta negativamente o nosso bem-estar”, resumiu o pesquisador Morten Tromholt em sua tese de mestrado.
A constatação é resultado de um experimento conduzido por Tromholt com 1.095 participantes dinamarqueses no fim de 2015.
Metade do grupo, selecionada aleatoriamente, foi orientada a ficar fora do Facebook durante uma semana.
A consequência?
Essas pessoas apresentaram níveis mais altos de satisfação com a vida e de emoções positivas do que os integrantes do grupo que continuou usando a rede social.
“Comparando o grupo de tratamento (participantes que ficaram fora do Facebook) com o grupo de controle (aqueles que continuaram usando a rede social), foi constatado que tirar uma folga do Facebook tem efeitos positivos em dois aspectos do bem-estar: nossa satisfação com a vida aumenta e nossas emoções se tornam mais positivas”, relatou Tromholt.
Em uma escala de 1 a 10, o nível de satisfação com a vida de quem estava no grupo que continuou usando a rede social subiu 0,08 pontos, passando de 7,67 para 7,75 no fim do experimento.
Já os “desconectados” apresentaram um aumento de 0,56 pontos no quesito, saltando de 7,56 para 8,12.
Grupo que ficou de fora da rede social também se disse menos triste
Mais felicidade, menos solidão
No último dia do experimento, ambos os grupos foram questionados sobre os sentimentos que vieram à tona aquele dia.
Dos participantes que ficaram fora da rede social, 88% relataram que estavam felizes e 84% disseram que curtiam a vida, contra 81% e 75%, respectivamente, dos que continuaram conectados.
Quando analisados sentimentos negativos, como tristeza e preocupação, o resultado foi o seguinte:
Dos integrantes do grupo que permaneceu no Facebook, 34% informaram que estavam tristes e 25% que se sentiam sozinhos. Esses percentuais correspondem a 22% e 16%, respectivamente, no grupo que se ausentou da rede social.
O experimento também mostrou que quem tirou férias do Facebook apresentou menos dificuldade de concentração, intensificou mais sua vida social e teve a sensação de que estava desperdiçando menos o seu tempo do que os que continuaram ativos na rede social.
“Além disso, foi demonstrado que os efeitos (de se ausentar) foram significativamente maiores entre os usuários frequentes do Facebook, os usuários passivos (que tendem a fazer poucoa postagens) e aqueles que têm tendência a ter inveja dos outros”, escreveu Tromholt.