Em Conceição do Coité atualmente residem cinco cubanos que exercem a profissão de médico, que chegaram a aproximadamente três anos para atenderem no Programa do Governo Federal ‘Mais Médicos’. O Calila Noticias esteve na tarde deste sábado, 26, na residência de uma delas, a médica Yaritza Hechavarria Tejeda, para saber como a mesma recebeu a notícia da morte do seu maior líder, e ao chegar na sua residência percebeu a profunda tristeza.
Segundo ela ficou sabendo da morte de Fidel às 03h30 da madrugada deste sábado, por uma colega que mora no mesmo prédio, e que ela custou acreditar e perguntava a todo instante se ela estava falando sério. ” Ela começou a chorar, eu peguei o telefone e fiquei até pela manhã não acreditando, ai entramos em contato com outros cubanos que confirmaram a notícia”, disse doutora Yaritza.
Ao ser questionada porque tanta emoção pela morte de Fidel, a médica disse que foi uma perda que jamais terá outra pessoa para ocupar o espaço deixado por ele. Yaritza disse ao CN que é filha de pessoas que não têm boa posição econômica e que todas as pessoas em Cuba são assim, socialista, “nós não temos condições econômicas para pagar o curso de medicina, eu sem condição, sendo negra [sem preconceito] se não fosse por Fidel eu não teria conseguido estudar tanto e me formado em medicina”, garante a médica cubana que disse ainda que não existe no seu pais uma pessoa que não saiba a ler e escrever, pois a educação é grande prioridade, inclusive nos televisores das escolas quando são ligados inicialmente é aberto uma frase de incentivo aos alunos quanto a importância da educação.
Yaritza disse também que Fidel era tão querido pelos cubanos que o jovens o consideravam como pai e todas a mulheres esposas dele, pelo total apoio recebido as mulheres com os mesmos direitos dos homens e os jovens tendo todas as oportunidades. “Quando Fidel passava na televisão minha avó dizia: venham vê o pai e o esposo de todas a mulheres de Cuba”.
A médica também atribui ao líder Fidel a não existência de criança na rua e nem passando fome, coisas que aconteciam antes da revolução há cerca de 60 anos, “muita gente também achava que era ditadura, mas não era, quem quiser fica, quem não quiser sai, possa ser que a coisa seja ruim, mas tem que reconhecer também quando é bom, Fidel pra mim é uma pessoa que não vai ter como repor”, falou emocionada Yaritza Hechavarria.
Ela concluiu afirmando que, o que está acompanhando na TV não é nem de perto o que está passando as pessoas em Cuba, segundo ela ligou para a mãe que não conseguiu falar ao telefone de tão emocionada.
Ao ser questionada quanto aos anti Fidel, o porque de muita gente comemorando sua morte, ela afirmou que são cubanos que foram morar em Miami (EUA) por não aceitar o governo dele e que todo mundo sabia que na sua morte eles iriam comemorar.
“Ninguém chegue perto de mim para me dizer que agora Cuba está livre”, finalizou
Redação CN