Morreu neste domingo (4) o poeta, tradutor, ensaísta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo e memorialista Ferreira Gullar. A morte do poeta, de 86 anos, foi confirmada pelo colunista Ancelmo Gois. Gullar estava internado no Hospital Copa D’Or, na Zona Sul do Rio.
Membro do Partido Comunista, Gullar viveu na União Soviética, na Argentina e Chile durante exílio na década de 1970. Ele foi preso pelo regime militar ao voltar ao Brasil em 1977.
Gullar foi eleito em 2014 para a Academia Brasileira de Letras. Ele ocupava a cadeira de número 37, onde já passaram Ivan Junqueira, João Cabral de Melo Neto, Assis Chateaubriand e Getúlio Vargas.
José Ribamar Ferreira, mais conhecido como Ferreira Gullar, nasceu em São Luís do Maranhão. Ele escreveu livros marcantes como A luta corporal (1954), Poema Sujo (1976) e Em alguma parte alguma (2010), que em 2011 ganhou o Prêmio Jabuti.
Em 2002, Gullar foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura. Seu livro “Resmungos” ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção em 2007.
Além do Jabuti, os livros de Gullar já receberam diversos outros prêmios de literatura, incluindo seus poemas infantis. Ele se destacou, ainda, como crítico de arte e roteirista de televisão. Em 2010, o autor foi agraciado com o Prêmio Camões, a mais importante premiação literária da língua portuguesa.
Correio24H