O piloto Miguel Quiroga, responsável pelo avião que levava a delegação da Chapecoense e caiu na cidade de La Unión, na Colômbia, tinha mandado de prisão em aberto por ter desertado da Força Aérea. A informação foi divulgada pelo ministro da defesa da Bolívia, Reymi Ferreira.
De acordo com o ministro, os pilotos assumem o compromisso de, após formados, não se retirarem da Força Aérea até cumprirem os anos de serviço militar previstos. Quiroga conseguiu evitar a prisão através de recursos na Justiça. Natural da cidade de Cobija, na Bolívia, Miguel era um dos sócios da empresa Lamia, que se especializou no transporte de delegações de futebol.
Eu entendo a dor de todas as pessoas, mas meu marido nunca colocaria por vontade própria a vida e a de outras pessoas em risco. Meu marido era um homem responsável, que amava o que fazia. Ele não era uma pessoa má. Não era um assassino”, disse a esposa de Miguel, Daniela Pinto, em entrevista ao Fantástico.
O acidente com o avião da Chapecoense aconteceu na terça-feira (29). O avião caiu a poucos metros do aeroporto de Medellín, destino final. Miguel chegou a pedir o pouso de emergência para a torre de controle, mas um outro avião também havia feito o pedido e teve a preferência. Autoridades colombianas concluíram que o motivo da queda foi a falta de combustível.
De acordo com o comissário Erwin Tumiri, um dos sobreviventes, a viagem previa uma parada na cidade de Cobija para abastecimento após sair de Santa Cruz de La Sierra, também na Bolívia, mas Miguel decidiu não parar e seguir direto para Medellín. 71 pessoas não resistiram ao acidente e morreram.
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