O anúncio de que os trabalhadores poderão retirar os recursos das contas inativas do FGTS provocou ontem uma corrida ao site do fundo na internet. A procura foi tanta que a página ficou instável. Porém, há outras possibilidades para o trabalhador saber se tem conta inativa e qual é o saldo desta conta. Uma delas é por e-mail, que deve ser cadastrado no site da Caixa. O banco vai enviar o saldo de suas contas do FGTS.
Apesar do NIS do trabalhador ser único, cada empregador abre uma conta diferente em seu nome. Outra possibilidade é pelo aplicativo FGTS Fácil para celulares e tablets. Para acessá-lo é preciso ter o número do NIS, que pode ser localizado nos extratos do FGTS, cartão do PIS, carteira de trabalho, cartão do cidadão ou com o empregador.
Com o número do NIS, o trabalhador precisa fazer um cadastro que exige número do CPF, identidade e do título de eleitor. O aplicativo permite o acompanhamento da regularidade dos depósitos pela empresa do FGTS. Há, ainda, a maneira mais tradicional, que é a visita presencial a uma agência física da Caixa. Neste caso também é preciso levar o número do NIS.
Especialistas sugerem usar recursos para pagar dívidas
O FGTS foi criado para garantir ao trabalhador uma reserva para ser usada no momento em que for enfrentar o desemprego, garantindo um meio de sustento neste período. Por isso, o acesso aos depósitos sempre foi restrito e há dúvidas agora sobre o que é melhor: manter o dinheiro no fundo ou retirá-lo.
Para o especialista em finanças e colunista do CORREIO Edísio Freire, do ponto de vista financeiro, o saque é recomendado por conta do baixo rendimento (3% mais TR). “Sem dúvida é mais vantajoso”. Porém, ele observa: “A questão é que a função do FGTS não é essa. É garantir o equilíbrio financeiro do trabalhador em caso de demissão sem justa causa”.
A recomendação de especialistas como Edísio é que o recurso seja usado para pagar dívidas ou investido em aplicações que rendam mais. Outra orientação é evitar o uso deste recurso para dar entrada em um bem e criar uma nova pendência financeira. Freire, a pedido do CORREIO, fez uma simulação para ajudar o trabalhador a entender o valor que poderá sacar com a medida anunciada.
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