Ricardo Barros, ministro da saúde, anunciou que casos de chikungunya será o maior desafio para saúde pública em 2017. A expectativa é de que, conforme um balanço realizado em 200 dias de trabalho, o crescimento de casos da febre causada pelo vírus seja de 627%.
Para os casos de zika e dengue, a esperança é de que o número de casos seja estabilizado, diferente dos casos de chikungunya. O levantamento realizado no início do mês de dezembro, mostrou uma queda de 9,1% nos casos de dengue. O registro foi de 211.770 casos prováveis do vírus da zika, 1.487.673 de dengue e 263.589 de chikungunya.
Casos de chikungunya aumentam consideravelmente
Em 2015 os casos de chikungunya chegaram a 38 mil, porém esse ano já houve registro de 255 mil. O estado do Rio de Janeiro é o mais alarmante, registrando 15 mil casos do vírus até outubro. A preocupação maior está com o início do verão, já que as temperaturas altas e as chuvas intensas favorecem a proliferação da doença.
O ministro da saúde ainda destaca que já estão se preparando para o aumento dos casos da doença. Só em 2016 foram registrados 138 óbitos causados pela febre chikungunya. Os estados mais “atacados” foram: 54 em Pernambuco, 31 na Paraíba, 19 no Rio Grande do Norte, 14 no Ceará, 5 na Bahia, Maranhão e no Rio de Janeiro, 2 Alagoas, 1 Amapá, Piauí e no Distrito Federal.
No total, os casos da doença foram de 2.281 entre todos os municípios brasileiros. Desses, 855 cidades (37,4% dos municípios pesquisados) estão em alerta ou risco de surto, conforme informações do Ministério da Saúde, tanto para os casos de chikungunya, como dengue e zika.
Sistema privado e público de saúde não estão preparados para a epidemia
Tanto os planos de saúde como o sistema público de saúde não estão preparados para a provável epidemia. Nosso país possui profissionais bem capacitados, porém o manejo clínico precisa de atualização. Barros informou que foram liberados R$ 962,3 milhões para 1.966 serviços na rede pública funcionar.
Esses recursos vão poder custear a ampliação dos serviços ambulatoriais e hospitalares em caso de emergências e urgências, além da saúde bucal, atenção psicossocial, oncologia, assistência a gestantes e bebês, UTI, atendimento de alta complexidade e outros.
Mas ainda assim é preciso se preparar para que a chikungunya também seja uma doença estabilizada. Nos casos do atendimento privado, os segurados precisam verificar quais as coberturas do seu plano de saúde e saber se ele cobre exames laboratoriais e outros.
As operadoras hoje oferecem planos variados para atender todos os perfis e necessidades dos segurados, como: plano de saúde familiar, empresarial, individual, entre outros. É importante conversar com a operadora e pagar por coberturas que sejam fundamentais, já que essa é a melhor forma de prevenção.
Sintomas do chikungunya
Entre os sintomas causados pela doença, estão: fortes dores nas articulações das mãos, tornozelos, dedos, pulsos e pés e febre alta de início rápido. Também há casos de dores nos músculos, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo. Porém, a doença só aparece uma vez na pessoa, ou seja, se contaminada, a pessoa fica imune para sempre.
Esses sintomas apresentados acima têm início com dois dias a doze dias após a infecção. Mas é importante saber que, em média, 30% das pessoas infectadas podem não apresentar nenhum sintoma. Ainda não existem vacinas ou tratamentos específicos para a doença, onde o tratamento é feito com paracetamol (febre) e com antiinflamatórios (dores nas articulações).