A relação entre os preços do etanol e os da gasolina atingiu a média de 75,81% em dezembro, alcançando a maior marca para o mês desde o início da série histórica da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2003. Em novembro, contudo, o resultado foi ainda maior, de 76,75%. A tendência, conforme a Fipe, é que o número vá perdendo força, já que o preço do etanol deve cair nos próximos meses.
De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do álcool no Brasil foi de R$ 2,831 no mês de dezembro, enquanto o da gasolina era de R$ 3,734, no mesmo período.
Na Bahia, o preço médio do etanol foi de R$ 3,045, enquanto a gasolina foi vendida por R$ 3,833, o que dá uma relação ainda menos vantajosa do que a registrada na média nacional, de 79,4%. Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina.
A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque. Essa proporção pode variar, a depender do modelo do veículo, dizem especialistas.
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