O excesso de velocidade foi responsável por 79% das multas emitidas nas estradas baianas em 2016, de acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). Em 2015, a maior causa da aplicação de multas foi a falta de documentação dos condutores. De acordo com o balanço, em comparação com os dois últimos anos, houve uma redução de aproximadamente 25% no número de acidentes registrados.
Apesar do levantamento identificar uma redução de 1.682 ocorrências, 2016 foi o terceiro ano consecutivo em que a imprudência liderou o ranking das estatísticas, causando 81,4% dos acidentes nas rodovias estaduais neste ano.
“Entre as infrações mais cometidas estão: excesso de velocidade, desobediência à sinalização, ultrapassagens em locais proibidos e ingestão de álcool. Problemas nas estradas respondem a 3,9% das ocorrências”, explica o diretor de Operação e Tráfego da Superintendência de Infraestrutura de Transporte (SIT), Anselmo Calixto.
Os trechos com maior índice de acidentes são as da região Sul, Extremo Sul e Litoral Norte, nos locais que dão acesso às praias. De janeiro de 2014 até dezembro de 2016, o ranking foi liderado pela BA-099 (Estrada do Coco) com 12,7% dos casos, seguida pela BA-001, que corta o litoral sul da Bahia, com 8,8%, e em terceiro lugar a BA-522, região do Recôncavo Baiano, com 4,8% dos registros.
Fiscalização
Em setembro de 2016 foi assinado um Termo de Cooperação Técnica, onde a Seinfra e entidades governamentais se comprometeram a reduzir em pelo menos 30% do índice de mortes nas estradas baianas até 2020. É da Seinfra a responsabilidade de melhorar a pavimentação e sinalização dos 18.754 quilômetros de estradas estaduais, além de ampliar a fiscalização e ações educativas 308 rodovias baianas.
As BR’s que cortam a Bahia são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As BR’s 116 e 324 estão sob concessão da Via Bahia, incluído também a BA-526 (Base naval de Aratu – Simões Filho).