O camelô Mário Mercês Agostinho Melo, 29 anos, morador da Travessa Zorilda Cordeiro de Almeida, Bairro Açudinho, em Conceição do Coité, segundo ele vive o momento mais difícil de sua vida de pouco mais de um ano para cá, quando recebeu o diagnóstico que sua filha Maria Emília Moraes de Melo, 9 anos, é portadora de um tumor na cabeça, considerado inoperável.
Mário disse ao Calila Noticias que o tumor foi descoberto em 28 de janeiro de 2016 e cerca de duas semanas depois iniciou o tratamento no Hospital Estadual da Criança – HEC em Feira de Santana, isto em 15 de fevereiro, e, segundo um relatório médico que ele tem em mãos, foi usado inicialmente no tratamento os medicamentos Vincristina e Carboplatina, na sequência fez radioterapia em SNC de 14 /03 a 22/04/16. No dia 30 de janeiro deste ano (2017) fez o D22 do 6º ciclo da quimioterapia pra Glioma da baixo grau.
Andando com dificuldade há quatro semanas e com engasgo há três semanas foi feito um RM do crânio dia 17 /01/2017 e constatou-se o aumento da tumoração. Ainda de acordo com o relatório médico, foi discutido o caso em equipe e diante da não resposta a radioterapia e ao esquema quimioterapico em uso, foi indicado o uso de Bevacizumab +Irinotecan D1 e D15 com previsão de 12 meses de uso, caso apresente resposta ao tratamento.
Com base nesse relatório Mário procurou o Hospital da Criança a fim de buscar de imediatamente o tratamento da filha que segundo ele seu quadro de saúde se agrava a cada dia. “Quando procurei o hospital para realizar o tratamento fui informado que a secretaria de Saúde do Estado não dispõe desse tipo de medicamento e que não poderia fazer nada. Mas fiquei sabendo que o medicamento é vendido e para salvar minha filha reuni meus familiares e conseguir levantar os quase dez mil reais que seria apenas para o primeiro mês de tratamento, porém, quando cheguei no Hospital fui informado que não podia entrar com remédio. Ai não dá pra entender, o hospital não dispõe, encontro um jeito para tratar minha filha e o hospital não aceita a entrada do remédio”, lamentou.
Diante da situação, Mário resolveu procurar por meio jurídico resolver esse problema burocrático e procurou o advogado Leonardo Guimarães que sensibilizado com o sofrimento dele, resolveu abraçar a causa dispensando inclusive honorários. “ Eu amo meu filho, quando vi o problema me coloquei no lugar dele e por isso vou usar toda minha força para que o estado não só aceite que ele entre com esse medicamento que já conseguiu, pois, o caso exige urgência, como vamos tentar que a Secretaria do Estado providencie os próximos, pois ele não tem condições financeiras para pagar esse tratamento que ao final vai chegar a cento e vinte mil reais”, afirmou o advogado.
Ouça a reportagem com Vilmara de Assis
Redação CN