Durante duas horas o governador da Bahia, Rui Costa (PT), proferiu o discurso de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Bahia, na manhã de quinta-feira (02). Com 32 páginas, o discurso foi impresso e distribuído entre os deputados e as autoridades presentes na 3ª sessão legislativa da 18ª legislatura.
O chefe do executivo baiano iniciou parabenizando o novo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Ângelo Coronel. Além de desejá-lo a sabedoria e o discernimento na condução do seu trabalho e estendeu seu desejo a toda a Mesa Diretora recém-empossada e agradeceu ao deputado Marcelo Nilo pelo seu desempenho no decorrer desses anos e a todos os deputados e deputadas que compõe o plenário da Casa. “Venho mais uma vez a esta tribuna realizar o ato de abertura dos trabalhos legislativos. Desta vez sob o signo de uma crise política e econômica que abalou os fundamentos de uma democracia que parecia querer se consolidar em nosso país”, falou Rui Costa. O discurso foi dividido em 14 itens e começou falando sobre pobreza, inclusão socioprodutiva e mundo do trabalho.
Segundo o governador Rui Costa, o PPA participativo 2016/2019, inaugurou uma nova fase para as ações, articulando além do Vida Melhor, outros programas de governo que abraçaram a visão de redução da pobreza e promoveram a inclusão produtiva. O governador falou também sobre desenvolvimento rural e agricultura familiar, desenvolvimento urbano e rede de cidades, saúde e assistência social. Rui Costa se emocionou ao falar sobre a inauguração do Hospital da Mulher, “compromisso de alma que carrego no íntimo. Eu perdi minha mãe para o câncer de mama e conheço de perto a dor que é assistir uma mulher jovem partir precocemente, muitas vezes sem a assistência devida”, desabafou. Outros temas, a exemplo da educação, conhecimento, cultura e memória, segurança pública cidadã, consolidação e diversificação da matriz produtiva estadual e infraestrutura para o desenvolvimento.
Rui Costa comentou também sobre a inserção competitiva, integração cooperativa, economia nacional e internacional. Meio ambiente segurança hídrica, economia verde, sustentabilidade, mulheres, gêneros e identidades, também citadas pelo governador Rui Costa. Ele encerrou ás 12h30 sua fala destacando igualdade racial, cidadania e direitos humanos. Curtas – O presidente Ângelo Coronel, após a fala do governador, usou da palavra e disse que sentiu um “verdadeiro” coronel ao passar em revista a tropa do PM antes de iniciar o ato. Antes de começar falar, Coronel chamou atenção de todos que falaria pouco e discursou durante 15 minutos.
Após sua fala, Coronel pediu a todos que acompanhassem o “hino nacional” pelo coral da Assembleia e foi ativado por um assessor que não era o nacional e sim o da Bahia. Ao deixar a ALBA, Rui Costa (PT) falou ao CN que a disputa travada entre Ângelo Coronel (PSD) e Marcelo Nilo (PSL) pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), na eleição que aconteceu na tarde de quarta-feira (01), não teve a interferência do governo do estado e nem tão pouco a para que houvesse a unidade da base antes da renúncia de Marcelo Nilo, que pretendia disputar mais uma reeleição a presidência da casa. Marcelo Nilo, “paisana”, sem paletó, gravata, não participou da sessão de abertura dos trabalhos e deixou o prédio anexo, onde agora passará a despachar, depois de dez anos, e desabafou dizendo que em 10 anos, foi o dia que acordou mais feliz em sua minha vida”.
O ex-primeiro vice-presidente da ALBA, no último mandato, Adolfo Meneses (PSD), também não compareceu ao ato e sua ausência foi percebida pelo governador Rui Costa e citado durante seu pronunciamento ao falar sobre uma escola no Distrito de Lage dos Negros, em Campo Formoso, principal base política de Menezes. Jaques Wagner foi convidado à mesa como ex-governador, apesar de ser secretário de Desenvolvimento Econômico e seus colegas ficaram “embaixo”, em local reservado a eles. Sobre o esforço da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para eleger Ângelo Coronel (PSD) presidente da Casa. Wagner disse que cada um faz a versão que lhe interessa. O deputado Jurandir Oliveira (PSL), ao receber a cópia do discurso, achou longo e lembrou que essa é 19ª sessão desta natureza que ele participava. Um fato positivo na sessão deste, segundo Jurandir, que aconteceu pela manha, pois quando eram após o almoço, tinha caso de deputados que chegavam a dormir.