O fechamento das comportas das barragens que abastecem as cidades da região do centro norte da Bahia a exemplo da barragem de São José, Pedras Altas e de Ponto Novo, por estarem com nível mais baixo por conta da estiagem, tem deixado as pessoas numa situação, como é dito popularmente ‘cobertor curto’. ‘Se cobrir a cabeça deixa os pés expostos, se cobrir os pés, a cabeça fica de fora’.
O governador Rui Costa que esteve na última sexta-feira (24) na cidade de Queimadas, justamente para supervisionar uma obra que vai permitir que Queimadas e Santaluz passem a receber água do Açude de Jacurici (camadaroba) em Itiúba, falou que a Embasa deve priorizar a vida humana, pois, uma semana antes, as comportas do açude foram abertas e as pessoas que vivem as margens do açude protestaram bloqueando a pista e fecharam as comportas, inclusive segundo o governador danificaram as engrenagens causado prejuízos ao erário público.
Rui Costa disse que não era motivo de preocupação, pois, segundo ele existem estudos que a quantidade de água armazenada no açude de Jacurici abastece pois mais de dois anos, além de Itiúba, Queimadas e Santaluz, e que iria manter policiamento no local para que as pessoas não voltassem a danificar o bem público.
Só que, não muito longe dali, a situação é o contrário com a barragem de Ponto Novo, lá o governador mandou fechar as comportas e vem causando grandes prejuízos as pessoas que vivem da irrigação, não atendendo ao apelo dos irrigantes que pediam mais um mês de suprimento mínimo para manter a plantação viva.
O agricultor Estevão Alves relatou que por conta da interrupção a irrigação ficará impossibilitado em arcar com compromissos com o arrendamento da terra em que trabalha. “Terminando a colheita da banana eu não vou ter como pagar o arrendamento da terra, porque eu vivo arrendando terra para sobreviver e agora com esse fechamento da barragem eu não tenho como pagar arrendamento e em sobreviver do Projeto de Irrigação”, afirmou o agricultor.
Com os prejuízos, vêm os desempregos. Proprietários de lotes já realizam demissões, a falta de produção impossibilita a permanecia dos empregados. “Eu tinha três funcionários hoje eu tenho um e não sei nem se vou ficar com um só, se não vou ficar sem nada porque não tem como manter eles não, porque não tem produção, não tem nada, até eu vou viver de que?” Pergunta Adalberto Alves, também agricultor.
A situação é realmente muito critica e a solução mesmo só pode vir do céu. O governo priorizando a água nas residências e os agricultores não recebem o precioso liquido para manter a lavoura e os empregos.
Redação CN | Web Alternativa