Depois de 45 dias do crime bárbaro que tirou a vida da cantora da Kaoma, Loalwa Braz , a família da artista ainda não conseguiu realizar o sepultamento. De acordo com informações do UOL, o corpo, que foi carbonizado, segue no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama, no Rio de Janeiro, enquanto aguarda ordem judicial para sua retirada.
Os entraves para a liberação iniciaram pela impossibilidade de reconhecimento da vítima, o que impedia a emissão de uma certidão de óbito, a não ser que ela fosse enterrada como indigente. A família rejeitou tal solução, daí a necessidade de fazer exames de DNA para identificar a artista. Pela falta de nitrogênio líquido e reagente – insumos necessários para a realização da perícia -, o exame de DNA que comprovou a identidade de Loalwa só saiu alguns dias antes do Carnaval.
“A burocracia me impede de enterrar a minha irmã. Tentamos fazer esse exame por nossa conta, mas não deixaram e tivemos que esperar a Polícia Civil do Estado do Rio sair da greve”, afirmou Walter Braz, irmão da intérprete de “Chorando se Foi”. Segundo a Polícia, a falta do material se dá “em razão das restrições orçamentárias conjunturais”, já que o material “vinha sendo obtido por doações realizadas por universidades, que agora também enfrentam carência do insumo”. Ainda aguardando uma decisão da Justiça, a família da cantora quer transportar os restos mortais para Vitória do Espirito Santa, para que seja enterrado ao lado da mãe.
O corpo da artista foi encontrado em um carro em Saquarema, no dia 19 de janeiro, após ela ser queimada viva. Três suspeitos de envolvimento com a morte foram presos e autuados pelo crime de latrocínio (quando há um roubo seguido de morte). Um deles é Wallace de Paula Vieira, de 23 anos, que era funcionário da pousada de propriedade de Loalwa.
UOL