O governador Rui Costa esteve na manhã desta sexta-feira, 24, na cidade de Riachão do Jacuípe, para entregar oficialmente a recuperação dos 28 quilômetros da rodovia BA 120 trecho até Conceição do Coité. Na oportunidade o governador assinou autorização para a Secretaria de Infraestrutura do Estado – SEINFRA abrir licitação para recuperar os 36 Km da BA 409, trecho Serrinha – Conceição do Coité. Na oportunidade o governador entregou viaturas da Policia Civil a vários municípios.
Os benefícios da estrada e do reforço na segurança foi notado pelo grande público presente, mas o que ‘roubou’ a cena mesmo foi a manifestação de repúdio contra os deputados votados em Riachão do Jacuípe João Bacelar (PR) e Cacá Leão (PP). Ambos votaram a favor da terceirização para todas as atividades e tendenciam a votar a favor da PEC 287 (reforma da Previdência) motivos de protesto no Brasil inteiro, inclusive de greve de dez dias.
A comitiva do governador inicialmente não viu sinais de protesto do estádio municipal até o marco da placa inaugural na rodovia, ao passar pela frente do hospital municipal, uma breve passagem pela sede da 90ª CIPM, mas ao chegar a Praça da Matriz, estavam lá centenas de pessoas mobilizadas pela APLB Sindicato portando faixas e cartazes, carro de som com a frase mais entoada nos últimos tempos “Fora Temer”. Cacá Leão não compareceu a Riachão, mas João Bacelar estava lá e quando foi descoberto pela multidão ouviu muito dos manifestantes.
Ao ser saudado pelas autoridades a todo instante era vaiado, mas o pior momento mesmo foi quando o locutor o convidou para fazer seu discurso, os três minutos e trinta e cinco segundos que ele usou da palavra não conseguiu passar sua mensagem e nem justificar o motivo do seu voto, pois a estrondosa vaia perdurou do inicio ao fim.
Bacelar foi o mais votado na ultima eleição nas urnas do município, obteve 3.782 votos, enquanto Cacá em quinto lugar recebeu 920 votos.
Veja o vídeo de muito protesto
O Calila Noticias procurou o deputado para saber os motivos quem levaram João Bacelar a votar em projetos considerados contra o trabalhador e qual era a mensagem que ele queria passar para o público presente e os manifestantes não permitiram.
Ele iniciou a entrevista tentando minimizar o protesto a afirmar que foram sindicalistas que compareceram para vaiar e não era uma manifestação polarizada, ou seja, de todos que estiveram no ato.”Mas faz parte da democracia, encarei com muita naturalidade, até porque eu votei contra o não Impeachment da presidente Dilma, atendi a um pedido do governador Rui Costa, e estou hoje preocupado com a situação do país. Não podemos mais aumentar o índice de desemprego que já está chegando a quase 14 milhões de desempregados, e hoje precisa fazer uma flexibilização a lei trabalhista, e acho que o pessoal não entendeu, muitos sindicalistas me vaiaram, mas vejo isso naturalmente”, afirmou o deputado.
O parlamentar disse também que tem ajudado o governo do estado e lembrou que durante a semana esteve no Ministério da Integração Nacional onde conseguiu R$ 200 milhões para obras emergências de combate a seca, ” o governo precisa ter deputado em Brasília que abra a porta, porque se não tiver apoio do Governo Federal fecha a daqui, as ações grandes vem do governo federal e as pessoas tem que entender isso”, reforçou Bacelar.
Em relação a Reforma da Previdência, que está prestes a ser votada e os movimentos sociais já divulgam o nome dele como um dos votos a favor, disse que é preciso se discutir muito, pois, “ainda não foi votada e tem muita água pra passar debaixo da ponte e vamos discutir, eu não abro mão do direito dos trabalhadores, mas ao mesmo tempo precisamos fazer uma reflexão, sobre o futuro do país, os estados, os municípios e a união não aguentam mais pagar a folha, o décimo terceiro. Será que é melhor você ter o aposentado amanhã e não ter o dinheiro, ou ter o dinheiro e o aposentado um pouco mais tarde? Então precisamos avaliar isso, o que adiantar hoje ter aposentado e não estarem recebendo como é o caso de alguns estados que não estão pagando? Esse debate tem que ser discutido e precisa ser comunicado a população, mas eu tenho minha consciência tranquila e não irei votar contra o direito adquirido principalmente das pessoas mais carente do campo”, conclui João Bacelar.
Redação CN