O ato de inauguração da pavimentação asfáltica da BA 120, no trecho que liga Riachão do Jacuípe a Conceição do Coité, que aconteceu em frente a Câmara de Vereadores, na manhã de sexta-feira, 24, reuniu um grande número de prefeitos e vereadores, dos municípios localizados nos territórios do sisal e do Jacuípe, além de 9 deputados estaduais e três federais, que recepcionaram o governador Rui Costa, no estádio Eliel Martins por volta das 10h.
A primeira atividade na cidade de Riachão do Jacuípe foi o descerramento da placa as margens da rodovia em seguida a comitiva passou pelo Hospital Municipal, a nova sede da 90ª CIA/PM, até chegar a Praça da Matriz onde encontrou um grande número de manifestante protestando contra a PEC 287 (Reforma da Previdência).
Na linha de frente, o sindicalista Waldir Montes Queiroz, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Correio da Bahia, ao falar para o CN afirmou que aquela manifestação era para chamar atenção da greve geral que está sendo convocada para o mês de abril.Ele disse que estavam protestando contra a aprovação da PEC 287, que mexe diretamente na aposentadoria e contra a decisão de 231 deputados que votaram no projeto de lei que autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita para qualquer tipo de atividade, dente eles João Carlos Bacelar, o mais votado em Riachão do Jacuípe na eleição de 2014.
Antes de chegarem ao palanque montado em frente a Câmara, o governador e os deputados entregaram 20 viaturas da Policia Civil para diversos municípios, em seguida foram para os discursos. Dos 9 deputados estaduais presentes, usaram da palavra apenas os mais votados no município.
O deputado Alex da Piatã, o primeiro a falar, foi recebido com vaia, não se sabe o motivo, mas logo em seguida fez seu discurso onde tratou apenas de assuntos institucionais, agradecendo aos benefícios entregues pelo governo e reivindicou as pavimentações asfálticas dos trechos Riachão do Jacuípe a Ichu, um sonho da região e a extensão do projeto que está sendo executado da BR 324 ao Distrito de Barreiros, que o beneficio chegue até a cidade de Retirolândia.
A deputada Neusa Cadore (PT) mesmo sendo ligada ao movimento ‘anti-golpe’ foi vaiada pelos professores, reflexo do posicionamento da parlamentar na época da greve da categoria no governo Jaques Wagner em 2012, quando paralisaram suas atividades por 115 dias. Cadore conseguiu se sair das vaias quando começou a falar a língua do povo pedindo o “Fora Temer, Fora Golpistas e dizendo não a reforma da previdência.
O deputado estadual mais bem votado na eleição de 2014 em Riachão do Jacuípe, Adolfo Meneses (PSD) sentindo que o público presente queria ouvir era o apoio contra reforma da previdência, fora Temer, tratou de iniciar seu discurso dizendo que tinha certeza que esse projeto que prejudica o trabalhador não vai passar. Meneses enalteceu o trabalho de Lula e Dilma que transformou a vida do povo e que não deve retroceder.
O deputado federal Robinson Almeida (PT), começou o pronunciamento com o “grito” Fora Temer e foi popupado de vaias. Confessou sua tristeza todas as segundas-feiras quando viaja para Brasília, pois, vivência durante a semana uma agenda de ataque violento aos direitos do cidadão em Brasília e que volta na quinta-feira feliz por saber que irá viajar ao interior, quando vivência uma série de inaugurações do governo Rui Costa que vem mudando a vida das pessoas.
Almeida lembrou que o deputado Artur Maia (PPS-BA), relator da comissão especial que analisa a reforma da Previdência teve uma das suas empresas divulgada na lista de devedores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cujo débito seria de aproximadamente de R$ 150 mil, o que inviabiliza a manutenção dele na condição de relator da reforma.
O deputado Afonso Florence, falou que neste momento de instabilidade política, de crise econômica e de indignação social, o presidente Michel Temer apresenta uma proposta de reforma previdenciária que, embora atinja indistintamente todos os trabalhadores, penaliza de maneira mais abusiva o brasileiro de baixa renda, as mulheres de uma maneira geral, o agricultor familiar, o idoso carente, “portanto uma proposta indefensável”, concluiu Florence.
Para o governador Rui Costa, na Democracia prevalece o voto popular e no Brasil os perdedores na eleição de 2014 não admitiram a derrota e na época afirmaram que iam transformar o Brasil em um “inferno” e conseguiram. Na presença dos deputados federais Robinson Almeida e Afonso Florence, ambos do PT e Jonga Bacelar (PR), Costa pediu que eles estivessem em sintonia com a voz do povo nas ruas.
Rui que acompanhou todo discurso de João Bacelar debaixo de vaia por ter votado a favor de terceirização pediu que ele analisasse a voz das ruas quando ao voto da reforma de previdência, que o trabalhador diz não.
Redação CN