A aprovação na noite de quarta-feira (22), pela Câmara Federal, do projeto de 1998, apresentado no governo FHC, que regulamenta a terceirização no país na prática flexiona a legislação trabalhista e penaliza “duramente” a classe trabalhadora brasileira. A análise critica é do deputado estadual Marcelino Galo (PT) que enfatizou ainda que aprovação da terceirização para todas as atividades “é para escravizar trabalhadores” e que a medida representa uma vitória “do governo golpista de Michel Temer, do PSDB, do DEM e de todos aqueles que financiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)”.
“A terceirização precariza as relações de trabalho e diminui significativamente o ganho salarial do trabalhador. Na prática, ela escraviza o trabalhador para garantir o lucro do capital e dá o ponta pé inicial para o fim da legislação trabalhista. A classe trabalhadora precisa reagir e tomar às ruas contra esses golpistas e por novas eleições diretas”, afirmou Galo. O parlamentar ratificou que o compromisso do DEM, PSDB, PMDB e dos partidos satélites que apoiam o governo é estabelecer uma agenda de reformas sociais, trabalhistas e previdenciárias, “que não passaram pelo crivo das urnas”, associado a outras medidas econômicas que penalizará duramente o trabalhador brasileiro e que já enfraquece várias cadeias produtivas nacionais.
“Eles já aprovaram o congelamento por 20 anos dos investimentos públicos em infraestrutura, segurança, saúde e educação para garantir o lucro do capital financeiro internacional, estão desestruturando e acabando com a engenharia nacional, a cadeia de óleo e gás e com a indústria naval brasileira. É um governo que além de golpista, age como terrorista, sem compromisso com o desenvolvimento e a soberania nacional, estabelecendo agendas que destroem a soberania e o protagonismo do Brasil, e que, por outro lado, vão elevar significativamente a exclusão socioeconômica, colocando na pobreza milhões de brasileiros. Isso retrata o grau de estupidez, de ignorância, da burguesia nacional, que não tem, historicamente, a menor capacidade de construir um projeto de nação”, pontuou Galo, antes de participar do IV seminário de governança das águas na Assembleia Legislativa da Bahia.
Veja como os deputados federais baianos votaram (sim a favor do projeto do Governo e não contra o projeto)
Irmão Lazaro (PSC) – Não
Claudio Cajado (DEM) – Sim
Elmar Nascimento (DEM) – Sim
José Carlos Aleluia (DEM) – Sim
Paulo Azi (DEM) – Sim
Afonso Florence (PT) – Não
Caetano (PT) – Não
Nelson Pellegrino (PT) – Não
Robinson Almeida (PT) – Não
Valmir Assunção (PT) – Não
Waldenor Pereira (PT) – Não
Bacelar (PTN) – Não
Alice Portugal (PCdoB) – Não
Daniel Almeida (PCdoB) – Não
Davidson Magalhães (PCdoB) – Não
Félix Mendonça Júnior (PDT) – Não
Cacá Leão (PP) – Sim
Mário Negromonte Jr. (PP) – Sim
Roberto Britto (PP) – Sim
Ronaldo Carletto (PP) – Sim
Arthur Oliveira Maia (PPS) – Sim
João Carlos Bacelar (PR) – Sim
José Carlos Araújo (PR) – Sim
José Rocha (PR) – Sim
Márcio Marinho (PRB) – Sim
Pr. Luciano Braga (PRB) – Abstenção
José Nunes (PSD) – Sim
Paulo Magalhães (PSD) – Sim
Sérgio Brito (PSD) – Sim
João Gualberto (PSDB) – Sim
Jutahy Junior (PSDB) – Sim
Foto divulgação / Daniel Ferreira