Já não se faz mulher como antigamente. Sei que é chavão. Sei que é politicamente incorreta a frase, mas o senhor e a senhora não me permitem continuar, cacete! Assim é que é bom, graças à Deus, à Zeus, Oxalá, Mercúrio, Capitão Kirk, Exu, Madre Teresa, Vadinho (o de Jorge Amado, não o chicleteiro), Iemanjá, Capitão Marvel, Maria Quitéria, Vênus, Vulcano, Thor (não é o filho de Eike) e tantos e mais outros tantos deuses e heróis – que já não se faz mulher como dantes..
As mulheres que conheci recentemente são mais que surpreendentes, num universo em que nada mais pode surpreender sequer uma alma penada, nem um ser das profundezas marinha, um celacanto por exemplo. Fui abduzido. Meninas lindas der todos os matizes, com suas posições filosóficas e conceituais à flor da pele.
Donas do nariz, proprietárias (by right) (ab dextro) deste admirável mundo novo de BBBs, de BaVi porradeiro, de divisão política, de musicalidade, de pansexualismo, de seres diversos e dispersos, de atos lineares e sem contrição. Competentes Jornalistas, publicitárias, donas da verdade que cultivam com todo empenho e direito adquirido na luta pelo lugar neste e em exoplanetas, pelo latifúndio cultural e social. Feliz da redação, blog, assessoria ou agência que tem uma fauna deste quilate e brilho.
Pessoas, meninas, que se traduzem e se revelam, nãos mais por subterfúgios, hipocrisias, metáforas, força de expressão, figura de linguagem. São fêmeas fortes de palavras com sabor agridoce. Paladar doce. Essência forte como o que eflui da Metaxa. Cada qual no seu quadrado, no seu cada qual, e cada formando o cadinho único, aquela massa pré-galática, próxima de gerar a explosão, o Big Bang primal. Mas são garotas do bem com suas pitadas de mal – Yin, Yang? Que elaboram seus pensamentos condizentes com suas atitudes.
Mulheres felizes, situadas, expressivas e alegres. Piadistas, dominantes, certeiras como uma seta na jugular. Abertas apenas ao que o mundo tem a oferecer de bom e de bem. Um papo de bar, digno dos melhores balcões, da Feira de São Joaquim ao La Bodeguita de Havana ao Village Vanguard de NY. Filosofias de boteco, filosofia de divã, filosofia de vida. Pois não foram precisos mais que uma tarde e pedaço de noite com a chuva querendo estragar cabelos, bolsas e celulares; com um pagode improvisado e buliçoso, com a Van à espera para driblar o bafo etílico das sendas e hostes da Transalvador, para descobrir e conhecer (mesmo que seja a ponta do iceberg ou a tranquilidade do cisne em que a bela plumagem esconde o frenético movimentar das patas sob o lago), colegas plenas, inteligentes e adoráveis. E lá estávamos Roberto Lopo, Diórgenes Xavier e Bruno Cardoso, ali e aquém. Somente quedamo-nos.
Daí que faço minha homenagem à amizade, à felicidade, a Baco, a Marcela Souza, Itacília Lôbo, Fernanda Gama, Leticia Rastelly, Jamile Barbosa, Ana Simono, Manuela Ismerin, Caroline Araújo, Gilmara Bartiulotti, Juliete Costa, Jorgia Maria, ai Jesus que não falte ninguém que foi nesta bendita Via Crucis; o seguir o rastro do Comida di Buteco, em tão diviníssimas companhias. E ainda inventam o tal do grupo Blitz do Boteco Forever: verdadeiras caçadores de bares, botecos, becos, vielas, restaurantes, vida, amor, Pantagruel e emoções.
Jolivaldo Freitas – Jornalista e Escritor