Não é difícil encontrar jovens e adultos com algum sintoma de perda de audição, este não é um problema comum apenas a quem possui uma deficiência ou entre idosos. Um dos fatores que influenciam o aumento de casos em pessoas abaixo dos 60 anos é a exposição ao som muito alto ou o uso inadequado dos fones de ouvido. Atualmente cerca de 10% dos pacientes atendidos pela rede de reabilitação auditiva, Direito de Ouvir, não pertencem a terceira idade, nem tão pouco nasceram com deficiência auditiva. Na maioria destes casos, são pessoas usuárias de fones de ouvido por exemplo, ou mesmo músicos que normalmente estão sempre expostos ao som em volumes muito altos.
Apesar de alguns procurarem assistência médica assim que percebem que estão com dificuldade de ouvir, muitos acabam ignorando o problema por falta de informação, o que pode agravar ainda mais a situação e evoluir para algo mais sério. “É importante sempre procurar um médico assim que os primeiros sinais de que a audição está comprometida surgirem, pois assim é mais fácil reverter o quadro e evitar complicações”, explica a fonoaudióloga e diretora técnica da rede Direito de Ouvir, Andréa Abrahão.
Zumbido no ouvido pode ser indício de perda auditiva
Um barulho similar a um apito que aparece geralmente no ouvido após uma pessoa ouvir música alta. Essa sensação comum é conhecida como zumbido e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, afeta mais de 28 milhões de brasileiros. Geralmente o ruído é notado em situações silenciosas ou em que não existe a presença de um som ambiente. O efeito do zumbido pode variar para cada pessoa, ou seja, em alguns casos são mais leves e passageiros, já em outros podem ser mais graves e podem causar situações incômodas como a perda do sono e dificuldade de concentração.
“Apesar de existirem diversos fatores que podem desencadear o aparecimento do zumbido, é fundamental fazer uma avaliação médica, pois se trata de um sintoma associado à perda auditiva”, alerta Andréa. Entre as situações que podem influenciar o surgimento do problema estão a exposição prolongada a sons acima de 85 decibéise problemas de saúde como alergias, diabetes e medicamentos.