Mesmo não tendo sido ainda publicada no site oficial do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM/Ba) a reprovação das contas do ex-prefeito de Teofilândia, Adriano de Araújo (PT), exercício 2015, ele procurou o CN para explicar o que ocorreu e motivou essa decisão do Tribunal, que acredita que será revista pelos vereadores do município, quando for votada, pois se trata, segundo o petista, de um parlamento responsável e todos os vereadores o conhecem e vão agir com toda responsabilidade que têm. “Minhas contas dos anos 2013 e 2014 foram aprovadas e creio que as razões que rejeitou 2015 serão compreendidas, pois não houve má fé”, desabafou.
Adriano contou que antes de serem colocadas em julgamento, o TCM lhe permitiu fazer uma defesa oral e falou o quanto era difícil para ele está ali como cidadão comum, que já não conta com motorista, nem secretária e sem a estrutura oficial que eu podia contar no exercício do cargo. Durante cinco minutos falou das dificuldades para exercer o cargo de prefeito, ficando espremido entre o cumprir as leis e as gritantes necessidades de uma população que batia em sua porta logo cedo, recorria ao gabinete ou buscava ajuda em qualquer recanto da cidade onde o encontrasse.
“Todos ao ver o prefeito parecem que estão vendo um Deus todo poderoso, com capacidade para resolver todos os problemas. Tenho certeza que o legislador elabora leis com objetivo de salvaguardar os interesses coletivos, mas as faz sempre no conforto dos gabinetes e o prefeito busca cumpri-las em meio à aridez da realidade”, externou Adriano Araújo ao colegiado de conselheiros.
Adriano lembrou a sua infância e adolescência na zona rural e dos obstáculos que enfrentou para estudar, convivendo em residência universitária com mais de cem pessoas, até então estranhas, e se alimentando de forma precária e ao retornar para Teofilândia recebeu apoio popular e se elegeu prefeito em 2012, após perder sua primeira disputa em 2008.
Professor Adriano, como é conhecido, contou que apelou para os conselheiros para considerar os esforços que fez para atender às leis e muitas vezes ao dilema de ter que escolher entre ações para se preservar enquanto gestor ou tomar medidas para favorecer a população e citou o exemplo da preocupação com o índice de pessoal na abertura de mais um PSF e verificava as implicações de ter contratar mais pessoas e correr o risco com as contas em aumentar o numero de médicos como urologista por causa do alto índice de casos relacionados à próstata.
“Apresentei a ele um dos pontos que norteia as conversas entre prefeitos e falei dos programas federais e estaduais, onde muitas vezes por já ter havido uma publicitação nos meios de comunicação somos praticamente forçados a aderir, por causa da pressão da população, cabendo ao município os custeios que sempre implicam ter que contratar servidores resultando com isto na oneração das despesas de pessoal”, continuou.
“Infelizmente as tentativas de superação deste problema, que seria a união quando elaborar tais programas, teria também que manter o custeio dos mesmos e aproveitei para falar de outro fator que vem gerando elevação dos gastos com pessoal são as já comprovadas através de estudos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), quedas das receitas repassadas pela a união aos municípios enquanto os gastos se mantêm estabelecidos ou aumentados”, lembrou o ex-prefeito. .
Continuando a relatar sua defesa no TCM, Adriano Araújo pode provar das páginas elaboradas pelos técnicos daquele Tribunal daquela casa que não nenhum ato de desonestidade com o erário público, apenas inconformidade com as leis que chamou de “frias” ou de ordem estritamente técnica, mas não a falta de uma prestação de contas de um recurso aplicado. “Neste tocante meu sentimento é que honrei a confiança depositada pelo povo que me colocou a frente da administração do meu município e ao fim da minha gestão as declarações até por parte de minha oposição afirmando que reconhece os meus esforços para que não houvesse desvios de recursos do povo de nossa cidade e gostaria de ressaltar que é muito difícil a oposição, principalmente, em cidades menores reconhecer algo positivo em se tratando de adversário”, afirmou Araújo.
No final, Adriano chamou atenção a respeito o ano de 2015, quando já vivenciava uma seca e a crise que até atravessava o país e abdicou concorrer à reeleição para não colocar em risco as finanças do município, pois, segundo ele, no cargo de prefeito as pressões por parte do grupo politico do qual faz parte são grandes para a utilização da máquina pública a serviço do candidato ou do grupo.
No site do TCM é possível encontra o Processo nº 02443e16, referente ao pedido de reconsideração referente às contas da Prefeitura Municipal de Teofilândia, exercício de 2015 e tem como interessado o Sr. Adriano de Araújo e não havia oficialmente, pelo menos até o fechamento desta matéria em 17 de abril 2017, detalhes da votação.
Fonte CN