Na posição em que geralmente se busca experiência, ele é o mais jovem entre os 20 goleiros titulares da Série A. Às vésperas de disputar a principal divisão do futebol brasileiro pela primeira vez, Jean traz consigo a marca de ser um dos responsáveis pela defesa menos vazada de 2017, que sofreu apenas 11 gols em 26 partidas.
Aos 21 anos, ele vive o sonho de vestir a camisa 1 do clube do coração em uma competição tão importante e não esconde a ansiedade pelo momento. “Estava até esses dias conversando com uns amigos meus. Fiz até uma brincadeira que pude me escalar pela primeira vez no Cartola (risos). Tô bastante ansioso, não consigo dormir direito e quando começar é concentrar pra fazer uma grande competição”, afirmou.
O fato de ser o goleiro mais jovem entre os titulares dos 20 clubes da Série A é uma surpresa para ele, que sabe que apesar da pouca idade, precisa se mostrar maturidade. “Não sabia (que era o mais jovem). Mas é uma grande responsabilidade jogar o Brasileiro, são jogos de alto nível. To com 21, mas a cabeça tem que tá de 30, 32, concentrado e focado pra fazer grandes atuações”, ponderou.
Jean também confessou acompanhar o goleiro Rafael, do Cruzeiro, com quem travou um duelo particular no início da temporada. “Tem alguns goleiros que eu gosto, hoje em dia até por ser novo acompanho bastante o Rafael do Cruzeiro, que também tá fazendo grande campanha lá. Até porque no início do ano tava eu contra ele de menos vazado. Estou acompanhando ele, vem muito bem e venho aprendendo muito vendo os vídeos dele”.
Jean confia que o bom desempenho da defesa pode ajudar o Bahia, mas tem consciência de que o time precisa melhorar o desempenho ofensivo para fazer um campeonato sem sustos. “Não só na defesa como no ataque. Temos que ser fortes em tudo pra almejar grandes coisas na competição. Não queremos brigar para não cair, mas quem sabe por uma Libertadores, esse é o meu pensamento”.
Nordestão para o avô
Ainda abalado com a perda do avô, que faleceu há uma semana, Jean falou da relação que ambos mantinham e espera conquistar o título da Copa do Nordeste para homenageá-lo. “Foi complicado eu tava saindo dos jogos pra visitar ele. A última visita que eu fiz foi no Ba-Vi. Ele tinha me pedido uma camisa do Vitória, pois era torcedor do Vitória e ele pediu pra eu não estar em confusão, era o que ele pedia (…) Por ele eu entrei em campo e graças a Deus pude mostrar um bom trabalho. Pena que o título (Baiano) não veio, mas se Deus quiser vou dar o título da Copa do Nordeste.
Globo Esporte