Os documentos entregues pela JBS no acordo de delação premiada demonstram que a empresa pagou pelo menos R$ 1,4 bilhão em propinas. O dinheiro beneficiou 28 partidos através de 214 pagamentos.
O PT foi o partido que recebeu a maior quantidade de propina. Foram R$ 616 milhões pagos à legenda da ex-presidente Dilma Roussef, o que representa 43,5% do total de repasses. Em segundo lugar, vem o PMDB, partido do presidente Michel Temer, que levou R$ 453 milhões, ou seja 32% do dinheiro distribuído.
Já o PSDB, partido do senador Aécio Neves, recebeu 90 milhões da JBS, cerca de 6,3% do total dos repasses ilegais. Em seguida vem o PSD, com R$ 51,6 milhões e depois o PP, com R$45 milhões.
A legenda do ex-ministro Gilberto Kassab aparece numa relação de “partido comprados” para compor as coligações de Aécio Neves e Dilma Roussef. Na lista figuram PP, PR, PDT, PRB, PMDB, PC do B e Pros. A quantia total usada na transação foi de R$ 429 milhões de reais.
Entre os documentos consta uma relação de 16 governadores que teriam sido eleitos com ajuda do dinheiro da produtora de proteína animal. Na lista estão o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori (PMDB), o de Alagoas Renan Filho (PMDB) e o do Rio de Janeiro. Luiz Fernando Pezão (PMDB).