O jornalista Jorge Bastos Moreno, repórter e colunista político do jornal O Globo, morreu na madrugada desta quarta-feira (14), aos 63 anos, no Rio de Janeiro. Segundo O Globo, onde trabalhou por 35 anos, ele sofreu um edema agudo de pulmão, decorrente de complicações cardiovasculares, por volta da 1h desta quarta-feira e não resistiu.
Nascido em Cuiabá, Moreno residiu em Brasília desde a década de 1970 e estava no Rio há 10 anos. A repercussão da sua morte gerou grande comoção nas redes sociais de amigos, colegas de trabalho e artistas, que lamentaram sua partida e prestaram homenagem ao jornalista. “Vai fazer falta. Muita falta”, publicou o músico Gilberto Gil em seu perfil do Twitter, junto com uma foto dos dois entre amigos.
Na mesma rede social, o âncora do Jornal Nacional, William Bonner, também homenageou Moreno. “Pausa no silêncio. Se o Jornalismo pudesse escolher a hora do descanso de seus ícones, não teria levado o Moreno num momento desses”, publicou.
Vencedor de prêmio Esso, Moreno estava na profissão há mais de 40 anos e atuava na cobertura política. Um de seus primeiros furos, destaca o jornal O Globo, foi ainda na ditadura, a respeito da nomeação do general João Figueiredo como sucessor de Ernesto Geisel, no “Jornal de Brasília”, onde começou como estagiário.
Ele também teve papel importante com a publicação de informações em 1992 que levaram ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Conquistou o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999 com a notícia da queda do então presidente do Banco Central, Gustavo Franco. Moreno também passou pelo Jornal do Brasil e pela revista Veja.
No jornal O Globo, mantinha o “Blog do Moreno” e, desde março deste ano, apresentava um programa de entrevistas na rádio CBN. Ainda em março, lançou o livro “Ascensão e queda de Dilma Rousseff”, com base em mensagens de Twitter. Também é autor do livro “A história de Mora – a saga de Ulysses Guimarães”, de 2013.
O Globo