Uma pessoa quando deixa sua cidade de origem para ir morar em outra e lá constitui família, se profissionaliza, abre comercio, ingressa na política, geralmente é lembrado e acaba sendo indicado para receber titulo de cidadão daquela localidade. Outros são homenageados com nomes em ruas, praças publicas, escolas, hospitais, etc.
Neste dia 7 de Julho, data Magna de Conceição do Coité, quando comemora 84 anos de emancipação política, o Calila Noticias traz uma reportagem especial para falar de um homem que certamente, se fosse nos dias de hoje, seria outorgado cidadão coiteense ou homenageado em algum bem público.
O CN se refere a Joaquim Silva, que nasceu no ano de 1891 no distrito de Amorim, município de Povoa de Varzim, região do Porto, uma das maiores metrópoles de Portugal.
Segundo documentos que estão em poder do neto José Alberto Pinto da Silva, em 03 de novembro de 1905, ele desembarcou na Bahia vindo de Lisboa, com apenas 16 anos. Em Salvador ele trabalhou e adquiriu imóveis, casou-se Judite Araújo Silva, com que teve único filho, Joaquim de Araújo Silva, nascido na capital do estado. Em meados da década de 1930 ele aceitou o convite de um coiteense de nome Antônio Egídio para conhecer a cidade, ao chegar de trem em Salgadália, se encantou, desfez do seu patrimônio em Salvador e passou a investir tudo no município.
A cidade naquela época praticamente não tinha ruas definidas e na ocasião ele construiu dois imóveis que definiu as ruas Rui Barbosa e João Benevides e Travessa Oito de Dezembro centro comercial de Coité. Joaquim inaugurou uma bar modelo europeu na esquina da João Benevides com a Rua Marechal Deodoro, hoje na esquina do primeiro semáforo.
Joaquim Silva morreu de meningite cerca de 10 anos depois que veio morar em Coité aos 50 anos, no mesmo ano dona Judite faleceu deixando o único filho órfão aos 10 anos, Joaquim Araújo conhecido por Quinkinho que também deixou sua marca em Coité como fundador do Trio Marabá e a sede dos Alcoólicos Anônimos (AA).
Quinkinho filho único de Joaquim Silva, casou-se com a coiteense Neusa Pinto e tiveram apenas um filho, José Alberto Pinto da Silva, “Beco do Quinkinho ” que hoje em dia mantém as portas abertas de parte dos imóveis criados pelo seu avô. No vídeo abaixo ele relata a passagem de Joaquim Silva por Coité, disse que procurou um amigo influente na prefeitura na década de 1990 que se prontificou a ajudá-lo no sentido de conseguir colocar o nome dele numa rua, dessas que ele criou, a pessoa (não teve o nome citado) “não cumpriu e colocou o nome do pai dele”, lamenta Beco.
Redação CN