O prefeito de Araci, município localizado no território do Sisal, Silva Neto (PDT), acompanhado da vice-prefeita Keinha (PSC), vereadores e representantes das comunidades que serão beneficiadas pelo Projeto Araci Norte, obra orçada em mais de R$ 51 milhões e que atenderá mais de 38 mil pessoas residentes da zona rural, além de Araci, também de Tucano e interrompida com cerca 65% do projeto em andamento, participaram de uma reunião na manhã de quarta-feira, dia 12, para discutir a situação desta obra e o que realmente está acontecendo.
A reunião, a principio era com o diretor presidente da CERB, Marcus Vinícius Ferreira Bulhões, que por motivo de saúde não compareceu e foi substituindo pelo diretor de Saneamento da Cerb, Antônio Eduardo de Matos, foi articulada pelo deputado estadual Alex da Piatã (PSD), que recentemente percorreu toda extensão da adutora e ouviu as queixas da população. Antônio Eduardo de Matos falou ao CN que as pessoas estão conscientes da importância dos seus objetivos, sabem que é obrigação do governo investir em sistemas de abastecimento d’água como forma de melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.
“Capengando” desde o inicio de 2000, a obra estava paralisada e a terceira etapa do Projeto Araci Norte foi retomada em 25 de maio de 2015, reanimando a esperança do povo que naquele ano já vivenciava uma das piores secas da história, voltou a mais um período de preocupação e sofrimento, vendo o sonho de ter água de qualidade, mas distante quando, mais uma vez, no mês de novembro de 2016, foi paralisada por causa das possíveis irregularidades de superfaturamento, sendo a CERB notificada pelo TCU “e nós explicamos todos os detalhes da obra, sendo negado o primeiro parecer e, mais uma, prestamos mais informações a TCU pedindo um reexame do primeiro parecer e estamos as uma posição”, falou Antônio Matos.
José Leônico, presidente da associação de moradores da comunidade de Malhada da Areia, próximo a Tapuio, sugere que o ministro responsável pelo caso, conheça a realidade dessas comunidades, para ver como os moradores sofrem por conta da falta de água. “Essas pessoas que têm o poder de autorizar a obra, nunca sentiram sede, bebem água mineral à vontade. Enquanto nós estamos lá sofrendo, sem água pra beber, pra tomar banho, pra cozinhar”, protestou.
O líder comunitário da Comunidade de Resina, município de Araci, Arôvel Lima, teve que a politica partidária, ou seja, a divergência partidária entre o governo federal e estadual estão interferindo nesta situação, já que boa parte dos recursos são do governo federal e o país está vivendo essa crise, “fazendo o povo sofre mais. O TCU é um órgão é um órgão político, os problemas questionados pelo TCU não são os mais agravantes e eu entendo que esteja havendo ingerência da politica partidária e entanto isso, o povo vem sofrendo cada vez mais. Infelizmente”, lamentou Arôvel Lima.
Cerca de 40 pessoas participaram da audiência, sendo necessário usar as dependências do auditório. De acordo com o prefeito Silva Neto, foi produtiva e é necessária a participação popular para que todos saibam a verdade do que está acorrendo e levem uma informação com segurança aos moradores de suas comunidades.
O prefeito Silva Neto estará em Brasília na quarta-feira, dia 19, e irá levar ao TCU todas as informações necessárias para que a obra volte a ser “tocada” e também será conversada sobre as dificuldades que essas comunidades vêm passando, buscar a sensibilidade de quem pode decidir, sem que seja necessário passar por cima da lei. A articulação da vagem a Brasília, também foi feita pelo gabinete do deputado Alex da Piatã, que confirmou sua presença na capital federal. Saiba mais com a repórter Vilmara de Assis no Calila News.