Nenhuma novidade para os rubro-negros. Como já tem virado rotina, o Vitória perdeu no Brasileirão. Desta vez, por 2×1, para a Chapecoense, no Barradão. Em péssima fase, o Leão segue na vice-lanterna, com apenas 12 pontos e situação cada vez mais delicada.
Na arquibancada, pouco mais de 5 mil torcedores deram um voto de confiança ao time. Esqueceram política, crise, jejum em casa, tudo. Esforço não correspondido.
Flávio Tanajura, que assumiu o time interinamente no lugar do demitido Alexandre Gallo, até arriscou. Sacou Fernando Miguel do gol e deu chance a Caíque, e propôs uma equipe mais leve e rápida com Neilton no lugar de André Lima. Atitude ousada e que acabou custando caro.
Durante o primeiro tempo, o rubro-negro começou o jogo sob pressão, mas reverteu a situação e penetrou na defesa catarinense com boas jogadas, sobretudo de Uillian Correia, que mostrou qualidade no chute de fora da área. Aos 16, o time até chegou a balançar a rede. Após cobrança de escanteio de Carlos Eduardo, Yago chegou sozinho na entrada da área e mandou uma bomba, defendida pelo goleiro da Chape. Na sobra, Kanu empurrou a bola para o fundo do gol, mas a arbitragem marcou impedimento e anulou o que seria o gol do Leão.
Quando a torcida do Vitória ensaiou se animar, uma pancada. Aos 26, Geferson recuou para Caíque, a novidade do time, e viu um show de horrores. O goleiro se atrapalhou e cometeu uma falha grotesca, deixando a bola escapar pelos seus braços e sobrar para Seijas. Desesperado, Caíque agarrou o adversário e cometeu pênalti, cobrado com categoria por Reinaldo, no cantinho, e que deixou a Chape na frente do placar: 1×0.
A Chape gostava do jogo. Enquanto o time verde e branco ofereceu perigo em belas jogadas de Arthur Caíque, o Leão só criou uma chance, com Neilton, no fim do jogo.
O segundo tempo teve um pouco de ‘déjà vu’ – sensação de já ter vivido aquele momento antes – em relação ao primeiro. Assim como na etapa anterior, o relógio marcava 16 minutos quando o Vitória apareceu no jogo. Com a bola nas mãos, para cobrar um pênalti marcado após Douglas Grolli tocar a bola com a mão. Neilton cobrou com precisão. Mandou uma bomba no alto e empatou o jogo.
Lembra que, no primeiro tempo, o torcedor se empolgou e logo depois levou uma pancada? A história se repetiu. Foram só dois minutos de gritos e camisas giradas no ar, quando a Chape jogou um balde de água fria no Leão.
Em seu primeiro toque na bola, Lourency, que entrou pouco antes do gol rubro-negro, recebeu lançamento de Arthur Caíque, viu a zaga do Leão parar no meio do caminho e, sozinho, mandou no fundo das redes, sem chance para Caíque: 2×1.
Mais coincidências. Lembra do gol anulado de Kanu? Na segunda etapa, o zagueiro lançou para André Lima, que também estufou as redes e teve sua comemoração parada pela bandeira do auxiliar, que marcou o impedimento.
‘Déjà vu’ mesmo foi ver o Vitória frustrar seu torcedor. Vice-lanterna do Brasileirão, o Leão chega a sua quarta derrota seguida. Em casa, são seis partidas sem comemorar.