Aconteceu de quinta-feira, 24, a domingo, 27, no Hotel Stella Maris, em Salvador, o 4º Congresso Nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB. O encontrou reuniu lideranças da classe trabalhadora da Bahia, do Brasil e até do exterior para uma ampla discussão, mas os focos principais foram a crise econômica e as reformas trabalhistas e da previdência.
A CTB demonstrou muita preocupação, pois, todas as mudanças pretendidas pelo Governo Temer afetam diretamente a classe trabalhadora. Em seu discurso durante a abertura oficial o presidente nacional da entidade Adilson Araújo chamou a atenção de todos na hora de votar e apoiar candidatos, ao abrir a cerimonia disse que todos ali presentes, deveriam aproveitar ao máximo pra ‘nos embriagar de política’.
” O tempo exige falar de política, pois, a gente sabe que a conjuntura é desafiadora, é necessário que a gente saiba tirar lições desse momento que a gente está vivendo. Me parece que alguma coisa ficou no caminho, e a verdade que isso tem tudo a ver com nossas ideias, com nossos sonhos e ideais, e não podemos perder de vistas sob hipótese alguma a nossa perspectiva.Nesse sistema caduco, impotente, nós não vamos conseguir melhorar a condição de vida do povo brasileiro, nem em lugar algum.Defender o socialismo, diz respeito a uma perspectiva, esse sistema não tem nada a nos oferecer e quando falamos do tempo político é porque nós precisamos enxergar também que sem a vida politica, sem alterar a correlação de força, sem acumular força, sem convencer e ganhar o trabalhador dizendo que precisamos ter cadeira no parlamento, nós não conseguimos alterar esse quadro que se agrava a todo dia.” afirmou Araújo.
O presidente estadual da CTB-BA Pascoal Carneiro disse estar de acordo com o pensamento de Adilson quando pediu para politizar mais a base, “precisamos gastar um pouco mais a sola do sapato, andar nas comunidades, conversar com o povo. A impressão que nos dá que falta pouco pra gente colocar milhões de pessoas nas ruas e derrotar de vez esse capital perverso, essa elite e burguesia que querem tirar direitos e diminuir a renda do trabalhador, para aumentar seus lucros e capital, isso não podemos permitir. A Contag espera e convoca da CTB, as confederações, os sindicatos, as centrais, federações, todas as categorias, para sairmos ás ruas e derrotar a burguesia e se preparar para em 2018, não só mudar os golpistas que estão no executivo, mas eleger uma bancada forte nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional”, convocou Pascoal.
A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura da Bahia – FETAG esteve fortemente presente no Congresso representado por 60 delegados e delegadas que saíram do campo para representar a categoria, sob a liderança do seu presidente Cláudio Bastos, ele que está tendo seu nome cogitado para disputar uma cadeira da Assembleia Legislativa em 2018. A Bahia teve no total 250 delegados (as) de todas as regiões da Bahia e o Congresso contou com cerca de 1,2 mil delegados (as) nacionais e internacionais.
A diretoria da FETAG-BA considera o Congresso um momento de discutir a atual política do país e buscar novos rumos, apoiando o fortalecimento da agricultura familiar, para reaver o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que foi fechado, e pela retomada da luta pela Reforma Agrária. “O debate sobre a soberania e segurança do agricultor familiar, a grande preocupação das reformas e o tema central da concentração da terra e da violência no campo, faz com que precisemos constantemente afirmar nossa luta por reformas que restituam e aumentem direitos para que melhorem a vida do trabalhador do campo”, afirmou Cláudio Bastos.
Redação CN