Um corpo foi encontrado na praia da Barra do Pote, no município de Vera Cruz, no final da tarde deste domingo (27). Segundo informações da assessoria do Corpo de Bombeiros, a suspeita é de que o corpo é do comerciante Salvador Souza Santos, 69 anos, conhecido como Guerreiro, que está desaparecido desde a manhã da última quinta-feira (24), quando ocorreu o acidente com a Cavalo Marinho I.
A confirmação da identidade só acontecerá após exame de DNA, já que o corpo está desfigurado. Há indícios de que o corpo seja mesmo de Guerreiro, pois a roupa coincide com aquela descrita pela família e no bolso da calça foi encontrada a chave de um Fiat, carro de propriedade de Guerreiro.
O idoso estava no acidente envolvendo a embarcação Cavalo Marinho I, que deixou outros 18 mortos, e teria salvo pelo menos duas mulheres na tragédia. De acordo com o filho do comerciante, Márcio Coelho dos Santos, ele mora em Mar Grande há 10 anos, mas todos os dias ia trabalhar na capital baiana. “Quando me perguntam pelo meu pai, eu não sei o que responder”, contou Santos ao CORREIO.
De acordo com os Bombeiros, equipes do Departamento de Polícia Técnica, das polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros estão no local. “As características batem, mas a certeza só após DNA, que é o procedimento padrão”, afirmou o soldado Júlio César Oliveira, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, ao CORREIO. “O corpo foi encontrado sete quilômetros de distância do local do acidente, mas dentro do perímetro de busca, que é de 25 km. Ele será encaminhado ao Instituto Médico Legal de Santo Antônio de Jesus”, diz a nota enviada pelo órgão.
Nesta segunda-feira (28), a 24ª Delegacia Territorial (Vera Cruz) inicia a devolução dos pertences encontrados após o acidente. Familiares ou vítimas devem comparecer à unidade policial munidos de identificação. As buscas permanecem ao longo da semana com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
Buscas ao ‘Guerreiro da Ilha’
Angustiada, a família busca desde o acidente informações sobre o paradeiro do comerciante em hospitais e UPAS de emergência de Salvador e Mar Grande, além da Marinha e do Instituto Médico Legal (IML). “A dor é grande. A gente sabe tem que tem 99% de chance de encontrar só o corpo dele. Mas nós temos esperança”, disse Márcio. Com saudade, o filho lembra da última vez que esteve com Salvador. “Eu e meus três irmãos fomos para a casa dele, a gente fez um som e deu muita risada”, recorda.