A Corrida do Fogo Simbólico da Pátria, que este ano chega a sua 48ª Edição, sem dúvida é a maior tradição cívica de toda região sisaleira e do estado da Bahia.
A tocha saiu de carro de Serrinha por volta das 06h de quinta-feira, 31, com destino a Euclides da Cunha, pois, segundo a organização não mais está colocando a turma para correr na BR 116 pelo grande perigo que a rodovia oferece, mas ao chegar em Euclides da Cunha, iniciou-se o percurso pela BA 220, quando um grupo de estudantes conduziu a tocha até Monte Santo, no percurso de quase 40 km.
O revezamento seguiu de Monte Santo para Cansanção, Cansanção – Nordestina, Nordestina – Queimadas, Queimadas – Santaluz, Santaluz – Valente, Valente – Retirolândia, Retirolândia – Coité,onde representantes do governo municipal recepcionaram os atletas de Retirolândia.
Seguindo o ritual histórico, o coordenador geral Luiz Silva Pereira,popularmente conhecido como Luiz da Bicicleta pediu que o secretário de Educação de Retirolândia passasse a tocha para a secretária de Educação de Coité Perpétua Sampaio, e que ela passasse as chamas para a pira que vai ficar até o dia 6 de setembro em frente ao Centro Cultural. Perpetua com fratura no pé, pediu o apoio ao vereador Danilo Ramos que acendeu a pira.
Foi franqueada a palavra para as autoridades que enfatizaram a importância da tradição do fogo simbólico para toda região.Em seguida Luiz da Bicicleta como é conhecido popularmente o coordenador geral do fogo, que fez a leitura de como surgiu essa tradição cívica e cita os nomes das pessoas que ao seu lado iniciaram o fogo simbólico.
Luiz conta que O “Fogo Simbólico da Patria” surgiu em 1937, como ideia de um grupo de patriotas, no Rio Grande do Sul, que procurava um símbolo que representasse o ardor cívico do nosso povo. A escolha recaiu sobre o Fogo, elemento cuja descoberta deu início a evolução do homem.Atualmente essa representação do patriotismo que faz referência ao dia da independência, 7 de setembro, tornou-se tradição nacional e que no ano 1969 um grupo de ilustres serrinhenses os saudosos professor Cleon, Dr Álvaro, Gesi Pinho, Carlos Mota (prefeito de Serrinha) e hoje somente ele e o sargento Silva do Tiro de Guerra de Serrinha, com a oportunidade de contar essa brilhante história.
Nesse quase meio século de corrida é possível encontrar Luiz Pereira aos 71 anos e dois meses de idade, correndo, mostrando grande capacidade e vigor físico.
Quem acompanha o Fogo Simbólico há décadas, é Amarildo Oliveira (Barrãozinho) e Washington Luiz (fragú) que permanecem correndo, mesmo tendo passado dos 50 anos.
Como acontece a Corrida do Fogo simbólico
Os atletas, a maioria estudantes da rede municipal seguem em dois veículos, um vai logo a frente deixado ao longo da estrada com distância aproximada de 200 metros de um para o outro. Uma equipe no caso da cidade de Serrinha em carro aberto vai no apoio, é também responsável por toda logística.
Exemplo: os atletas de Queimadas receberam a tocha de Cansanção e ficam com a missão de levar até Santaluz no percurso de 40 km.