Quem esteve presente na Sessão Especial em comemoração aos 50 anos do Movimento da Organização Comunitária (MOC), foi tomado pela emoção. O evento, que ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), de autoria dos deputados estaduais Fátima Nunes e Gika Lopes, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), foi realizado na tarde desta quinta-feira (14), e contou com a presença de secretários, representantes do Governo do Estado, vereadores, lideranças, amigos e participantes do MOC. No saguão da Alba, participantes do movimento expuseram banners com os temas trabalhados na entidade.
Representando a deputada Fátima Nunes, que por motivos de agenda no município de Jeremoabo não esteve presente no evento, o vice-prefeito de Nova Soure, Marcos Ureilton, parabenizou o MOC pela passagem dos 50 anos. “Comemorar esta data é celebrar esses anos de muito trabalho realizado pelo movimento. Muitas pessoas estiveram e estão envolvidas no MOC e sabemos que o resultado sempre é positivo.
O deputado Gika Lopes também parabenizou o movimento. “Além desta comemoração, apresentamos à população baiana o importante trabalho do MOC em defesa de uma vida digna e de oportunidades para os homens e as mulheres do campo e da cidade”, declarou.
Já a deputada Neusa Cadore (PT), compartilhou sua alegria em participar das experiências vividas com o MOC. “Ouço relatos de um lugar que se constroem vidas e oportunidades, todas essas conquistas devem sim ser celebradas, as políticas determinavam que o semiárido era um lugar de exclusão, descriminado, e o MOC surgiu acreditando no semiárido, lá existe um povo forte, capaz de promover um sertão justo”, concluiu.
Osni Cardoso, que representou o governador Rui Costa, declarou a importância do MOC em sua vida. “Minha primeira experiência foi com o padre Albertino em um seminário sobre as experiências da política de esquerda e como governar esse Brasil através desse pensamento. Eu posso afirmar que o MOC me ajudou a enxergar o mundo, me dá forças para entrar na universidade e na política”, pontuou.
Eduardo Emídio, representante dos agricultores familiares atendidos pelo MOC, salientou a importância do movimento para o campo. “Conseguimos transformar nossa comunidade em um ambiente sustentável, dentro da área de produção, onde temos diversas tecnologias como barragens comunitárias, cisternas. Depois que conhecemos o MOC, no ano de 2003, nossas vidas foram transformadas para melhor”, destacou.
A brilhante história e sábias palavras do presidente do MOC, José Gerônimo, retirou da plateia aplausos calorosos. “Obrigado é a palavra de agradecimento do MOC, que são todos aqueles que vestem a camisa dessa organização de transformações comunitárias, mostrando que é possível refundar a república e concretizar a independência. Devemos redescobrir o Brasil, cobrir o Brasil de gente do Brasil, e com essa experiência do MOC a gente pode promover autonomia e ser capaz de transformações”, salientou.
Exposição – A trajetória do MOC foi contada, através de fotografia, textos e objetos, em uma exposição “Por um sertão justo”, no saguão Josapht Marinho da Assembleia Legislativa da Bahia. Durante os dias 11 e 14 de setembro, os membros do movimento tiveram também a oportunidade de comercializar produtos da agricultura familiar e economia solidária, oriundos do semiárido baiano.
Fonte: Ascom dos deputados Gika Lopes e Fátima Nunes (PT-BA)