Aprovada comercialmente nos Estados Unidos no final de agosto (veja aqui), a terapia genética para tratamento de câncer deve chegar ao Brasil em 2018. A estratégia consiste em editar geneticamente as células humanas de defesa para que elas “aprendam” a combater a doença. Segundo o jornal O Globo, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, anunciou que no próximo ano fará os primeiros tratamentos experimentais.
Já há uma estrutura específica na unidade e pesquisadores em treinamento nos EUA. No Brasil, o investimento para o pontapé inicial está avaliado em US$ 7 milhões (mais de R$ 22 milhões). “É uma estimativa genérica porque, mais importante que a infraestrutura, vão ser os investimentos em pesquisa”, afirmou o diretor do Centro de Oncologia do Einstein, Wilson Pedreira. Para os pacientes, o custo em outros países gira em torno de US$ 300 mil (cerca de R$ 945 mil).
A princípio, o Einstein terá a terapia TIL, indicada para melanoma. Posteriormente, devem ser implantados protocolos de CART-CELL, que tem apresentado bons resultados em leucemias. Pesquisas sobre terapias similares são realizadas no Instituto Nacional do Câncer (Inca) desde 1990, mas a barreira da falta de financiamento impede avanços.
De acordo com Martin Bonamino, do Inca, os custos da terapia parecem altos, mas não são muito diferentes do que é encontrado atualmente entre os tratamentos mais modernos contra câncer.
O Globo