Os prefeitos de três cidades do sul da Bahia foram vítimas de golpes após clonagem do aplicativo de bate-papo do celular de cada um deles. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos entravam em contato com amigos dos prefeitos e pediam dinheiro. Algumas pessoas caíram no golpe e realizaram depósitos.
Conforme a polícia, os criminosos conseguiram trocar mensagens e pedir dinheiro a contatos dos prefeitos de Ibirapuã, Calixto Antônio Ribeiro; de Alcobaça, Léo Brito; e da cidade de Prado, Mayra Brito.
Foram os amigos do prefeito Calixto Antônio que caíram no golpe. Ele não descobriu imediatamente que teve o aplicativo clonado, pois estava em um velório e o celular ficou desligado por cerca de três horas. Apenas quando ele saiu do velório e retornou à prefeitura que descobriu que tinha alguém se passando por ele.
“Quando cheguei na prefeitura fui para uma reunião e pedi a meu irmão para ver meu Whatsapp e ele disse: ‘Seu whatsapp não entra’. Fui ver o sinal do telefone e não estava funcionando. Depois recebi uma ligação e a pessoa falou: ‘O senhor recebeu o depósito que eu fiz para a senhora, que o senhor mandou?’. Daí eu disse: ‘Eu não pedi para fazer depósito'”, relatou Calixto.
Conforme a vítima, pelo menos quatro pessoas transferiram dinheiro para o número da conta bancária enviado na mensagem. O gerente de transportes do município Thiago Chácara disse que transferiu R$ 700 e não desconfiou que era um golpe. “Ele me pediu a transferência, eu fiz normalmente”, contou.
Na troca de mensagens, os criminosos ainda pediam a confirmação das transferências. Algumas chegaram a pedir R$ 2 mil. Calixto fez um boletim de ocorrência. Procurou a operadora de celular e descobriu que o número dele foi desabilitado.
Os prefeitos Léo Brito e Mayara Brito também procuraram a polícia para prestar queixa referente ao mesmo golpe. Eles usaram as redes sociais para informar aos amigos que foram vítimas de um golpe e alertaram às pessoas que não fizessem transações bancárias. Os números das contas enviadas pelos bandidos estavam em nomes diferentes, mas todas são do Banco do Brasil. A coordenadora regional da polícia Civil disse que esse pode ser um caminho para descobrir os bandidos.
“Estamos tentando identificar quem são os donos dessas contas para onde foram feitos os depósitos, e aí começaremos a rastrear até chegarmos aos autores dos crimes”, explicou a delegada Valéria Chaves que investiga o caso.
Nos casos de crimes cibernéticos, quando a ação é pela internet, a orientação da policia é ter mais cuidado. “Ligar para a pessoa e verificar se é verdadeira aquela solicitação”, orientou Chaves.