Outubro é o mês dedicado a conscientização sobre o câncer de mama, o segundo mais frequente no mundo, atrás apenas do câncer de pele, e o mais comum em mulheres, com 22% de novos casos diagnosticados anualmente. Neste mês, a cor rosa torna-se tema no cotidiano, mas para a mulher, o mais importante que se colorir, é estar atenta à prevenção.
O câncer de mama é causado pela multiplicação anormal, de forma rápida e desordenada, de células do tecido mamário, que formam um tumor. De acordo com o mastologista do Centro Médico da Conselheiro, Dr. Pedro Ramon Santos, uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama é evitar a obesidade, manter a alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos, pois o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver a doença.
“A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos, assim como o uso de pílulas anticoncepcionais por longos períodos (mais de 20 anos pode estar associado ao aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez”, alerta o mastologista.
Para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, é importante que se faça regularmente o auto-exame das mamas, entre sete e dez dias após a menstruação. As mulheres com mais de 40 anos também devem fazer, anualmente, o exame de mamografia, disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O Dr. Pedro Ramon orienta para que as mulheres fiquem atentas aos sintomas que é um fator decisivo na prevenção contra o câncer de mama. “O câncer de mama em sua forma inicial é assintomático e devemos sempre buscar o diagnóstico mais precoce possível, pois isso aumenta muito a chance de cura. Porém, existem sintomas que não devem ser ignorados como: Alterações do tamanho ou forma da mama; vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama; Nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho; Inchaço e nódulos frequentes nas ínguas das axilas; Assimetria entre as duas mamas, como, por exemplo, uma muito maior que a outra; Presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama, ressalta o especialista.
Confira outras dicas do Doutor Pedro Ramon
Quando devo fazer mamografia?
A Sociedade Brasileira de Mastologia, à luz do conhecimento atual, recomenda a necessidade da realização de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade para todas as mulheres. Em casos específicos como pacientes de risco identificado, pode haver necessidade de antecipar ou alterar a periodicidade do exame.
Quando devo fazer Ultrassom das mamas?
A ultrassonografia mamária não substitui a mamografia no rastreamento do câncer de mama, portanto não há recomendação de uma idade específica para a realização de ultrassom periódico. Porém, em alguns casos, existe a necessidade de complementação (mamas densas, imagens que geram dúvida na mamografia, etc.). Na presença de alterações palpáveis como nódulos e espessamentos, pode haver a necessidade da realização da ultrassonografia.
Quem deve fazer o teste genético para saber o risco de desenvolver câncer de mama?
São considerados de alto risco para desenvolver câncer de mama e suspeitos de mutação nos genes que predispôem ao câncer de mama pacientes:
Mulheres com:
– Câncer de mama ou ovário em idade jovem (antes da menopausa);
– Câncer de mama bilateral a qualquer idade;
– Câncer de mama e ovário a qualquer idade;
– Câncer de mama ou ovário a qualquer idade mais dois parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de mama ou ovário;
– Câncer de mama ou ovário a qualquer idade mais 1 parente de primeiro ou segundo grau com câncer de mama ou ovário em idade jovem (antes da menopausa).
Homens ou mulheres com história familiar de:
– Câncer de mama ou ovário em dois ou mais parentes de primeiro ou segundo graus;
– Homens com câncer de mama;
– Parentes de primeiro ou segundo grau de indivíduo com mutação no gene BRCA1 ou BRCA2.