“É com muita indignação que recebo a notícia da publicação de um habeas corpus preventivo que visa coibir a manifestação dos trabalhadores do polo petroquímico de Camaçari através do Sindicato de Trabalhadores do Ramo Químico (Sindiquímica), na mobilização nacional programada para esta sexta-feira (10) contra a reforma trabalhista, reforma da previdência e o trabalho escravo, promovidas pelo presidente ilegítimo Michel Temer. A Reforma Trabalhista entra em vigor no próximo dia (11), e conduzirá a perda de direitos históricos e o aumento da desigualdade, ao exemplo da possibilidade da redução de salário e o aumento da jornada de trabalho, além de uma série de outras alterações estruturais que só prejudicam os trabalhadores e trabalhadoras”, afirma Osni Cardoso, ex-prefeito de Serrinha, ele que é chefe de Assessoria do governador Rui Costa.
De acordo com Cardoso, o habeas corpus foi ação das empresas petroquímicas do Polo de Camaçari concedida pela Justiça da Bahia e permite, ainda, que seja utilizada força policial, além da prisão dos dirigentes do Sindiquímica, que foram citados nominalmente na liminar e proibidos de circularem pelas vias de acesso a Camaçari, uma atitude totalmente antidemocrática, e, sobretudo, intimidadora.
“Greves e paralisações são direitos assegurados constitucionalmente como meio de viabilizar melhores salários e condições de trabalho, em nota o Sindiquímica e a Central Única dos Trabalhadores, também se manifestaram contra a decisão judicial e chama de absurda a decisão”, conclui Osni.
A liminar favorável às empresas concedida pela Justiça afronta a liberdade e organização sindical e merece o repúdio dos trabalhadores e a sociedade, em geral. “O Sindiquímica não se intimidará com a ação patronal, ao contrário vai atuar com mais intensidade em defesa dos direitos que pretendem ser usurpados pela elite golpista e os empresários”, ressalta Alfredo Jr. um dos dirigentes do Sindiquímica e da CUT Bahia.