A atividade econômica brasileira iniciou o quarto trimestre com resultado muito melhor do que o esperado ao crescer pelo segundo mês seguido em outubro, dando prosseguimento ao ritmo gradual de recuperação do país.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve crescimento de 0,29 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de recuo de 0,15 por cento.
O BC revisou para baixo o dado de setembro a uma expansão de 0,27 por cento, depois de ter divulgado anteriormente alta de 0,40 por cento.
A economia brasileira ficou praticamente estagnada no terceiro trimestre, porém tendo como pano de fundo a melhora dos investimentos, apontando fôlego da economia após longa recessão.
O investimento foi o destaque na indústria em outubro, sustentando o indicador do BC no mês, uma vez que a produção do setor teve expansão de 0,2 por cento na comparação com o mês anterior.
Por outro lado, a surpresa negativa ficou por conta das vendas varejistas, com queda inesperada de 0,9 por cento no período diante da contenção das compras como expectativa para as promoções da Black Friday, no mês seguinte.
Já o volume de serviços apresentou perdas pelo quarto mês seguido em outubro.
Na comparação com outubro de 2016, o IBC-Br, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos,subiu 2,33 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses houve alta de 0,26 por cento, em dados dessazonalizados.
Após a recessão mais profunda em um século, a economia brasileira vive um processo de recuperação econômica gradual com juros em mínimas históricas, inflação baixa e mercado de trabalho melhorando, ainda que com base na informalidade.
A expectativa dos economistas consultados na pesquisa Focus do BC é de que o Brasil termine 2017 com crescimento de 0,96 por cento, acelerando a 2,64 por cento no próximo ano.