Qual será o rumo da economia baiana para 2018? Para o professor de economia da Universidade de Feira de Santana (Uefs), Rosemberg Valverde, o crescimento dependerá do aumento dos investimentos públicos e privados, além da elevação no grau de consumo das famílias. Sem isso, o que pode ocorrer, de forma otimista, é o que chama de “voo da galinha”, um pulo tímido que não leva a lugar nenhum.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o docente disse que no caso da economia do estado ainda pesam o fato de a indústria, comércio varejista e serviços estarem abaixo da performance nacional. Para Valverde, o caso de Novo Triunfo, cidade do nordeste baiano, apontada recentemente como a mais pobre do país pelo IBGE, não surpreende.
Segundo ele, a realidade ali é comparável à maioria dos municípios do semiárido do estado, que vivem em situação “preocupante”. Em relação à criação de empregos no estado, o professor se mostra pessimista.
“Por falta de capilaridade da sua estrutura industrial, a Bahia é incapaz de criar empregos médios de qualidade. Isso gera desigualdades incontestes na estrutura da distribuição da renda, que permanece perversamente concentrada”, afirma.
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