Mais de uma semana antes do clássico BA-VI do anuncio que o jogo seria com torcida mista no Barradão, iniciou-se a campanha do BA-VI da paz, pois, nos ultimo clássicos os duelos aconteceram em torcida única, após confusão na saída da Fonte Nova que resultou na morte de um torcedor.
Para esta partida os jogadores foram para a televisão e para as rádios, assim como dirigentes e até mesmo o governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto convocaram para o jogo da paz. Mas que protagonizou a violência foram os próprios atletas.
O primeiro tempo do jogo talvez nunca um arbitro aplicou tantos cartões amarelos por faltas violentas ou reclamações como neste BA VI, sete ao todo. Futebol que a torcida mais desejava não aconteceu. O Bahia teve uma boa jogada e não abriu o placar graças a uma grande defesa de Fernando Miguel que defendeu uma cabeçada de Kaike e o Vitória foi o lance do gol já no segundo tempo quando numa disputa na grande área a bola sobrou para Denilson chutar duas vezes para marcar.
No segundo tempo o Bahia foi para o tudo ou nada e aos 3 minutos já tinha um pênalti a seu favor. Na cobrança do escanteio, a bola bateu na mão de Uilian Correia. Árbitro assinalou a penalidade. Vinicius partiu para a cobrança e marcou depois de deslocar o goleiro Fernando Miguel para o lado oposto.
Na comemoração começou a confusão. Vinícius comemora o gol com sua tradicional dança, mas os jogadores do Vitória não gostam. Fernando Miguel parte para cima do atleta tricolor, que é agredido por Kanu e Denílson e sofre um sangramento no rosto.
Jogadores iniciaram uma briga generalizada inclusive jogadores do banco do Bahia partiram para vias de fatos com atletas rubros negros, depois de aproximadamente 10 minutos de paralisação o arbitro Jailson de Freitas começou o festival de cartões. Primeiro para os jogadores do Bahia Edson que estava no banco e agrediu o jogador Neilton, o também reserva o zagueiro Rodrigo Becão. Amarelou o goleiro reserva Anderson e expulsou o ‘nocauteado’ Vinicius, talvez pela comemoração, já que ele não reagiu as agressões.
Em seguida o juiz expulsou os jogadores do Vitória. Kanu e Denilson por terem agredido a socos no rosto de Vinicius. Amarelou o goleiro Fernando Miguel e por ultimo expulsou Rhayner. E em seguida voltou para o Bahia e expulsou o zagueiro Lucas Fonseca.
Total de expulsões: Bahia (4) Vitória (3). Como no Bahia foram dois que estavam no banco o jogo foi reiniciado aos 20 minutos com o Tricolor com um homem a mais. E começou a pressão por parte do Bahia em busca do segundo gol, dois minutos depois Fernando Miguel cai em campo pedindo atendimento médico. Aos 25 Guto Ferreira coloca Allione em campo no lugar de Élber. Bahia passa a pressionar no ataque.
Aos 32 minutos Uillian Correia impede o avanço de Zé Rafael cometendo uma falta e como já tinha amarelo por ter colocado a mão na bola no momento do pênalti para o Bahia, recebeu o segundo e o vermelho. Vitória passa a ficar com dois jogadores a menos. Fernando Miguel nitidamente demonstrava que não queria jogo e caiu novamente no gramado sem se envolver em nenhuma jogada.
Um minuto depois que o goleiro levantou e o Bahia ia fazer a cobrança da falta, o zagueiro Bruno Bispo com o proposito de forçar o fim do jogo deu um bico na bola e o arbitro mandou para o chuveiro. Com a quantidade de cinco jogadores a menos o jogo não podia continua e o arbitro deu por encerrado. A torcida do Vitória comemorou o empate em 1 a 1.
O QUE DIZ O REGULAMENTO
Art. 56 – Nenhuma partida poderá ser disputada com menos de sete (7) atletas ou com a ausência de um dos clubes disputantes.
§ 3º – Após o início da partida, se uma das equipes ficar reduzida a menos de sete (7) atletas, dando causa a essa situação, tal equipe perderá os pontos em disputa.
§ 4º – O resultado da partida será mantido, na aplicação do § 3º, se, no momento do seu encerramento, a equipe adversária estiver vencendo a partida por um placar igual ou superior a três (3) gols de diferença; e se tal não ocorrer, o resultado considerado será de três a zero (3 x 0) para a equipe adversária.
§ 5º – Os impedimentos automáticos e as penalidades impostas pelo STJD pendentes de cumprimento pelo clube ou pelos atletas do clube que não deu causa ao W.O., serão considerados cumpridos em ocorrendo quaisquer das hipóteses constantes do caput ou parágrafos deste artigo.
Pelo Regulamento Geral de Competições da CBF, o Bahia deve ser declarado vencedor pelo placar de 3 a 0.
Redação CN